O Hemocentro de Roraima (Hemoraima), localizado na avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, 3418, bairro Aeroporto, zona Norte, iniciou 2016 realizando campanhas para o estímulo de doação de sangue. Mas, com a chegada do inverno, a procura por doações caiu consideravelmente, por isso estão sendo convidados órgãos, instituições e empresas a conseguirem voluntários para esse ato de solidariedade. O contato é feito pelo número 2121-0883.
Os requisitos básicos para doar sangue são: estar em boas condições de saúde; ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos; pesar no mínimo 50 kg; estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas); estar alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação); apresentar documento original com foto recente que permita a identificação do candidato, emitido por órgão oficial (Carteira de Identidade, Cartão de Identidade de Profissional Liberal, Carteira de Trabalho e Previdência Social;
Além do cadastro feito na hora para se tornar um doador de sangue, o interessado também pode se cadastrar para ser incluído ao banco de medula óssea. Num cálculo de 2015 a maio de 2016, são 1.757 pessoas aptas a doarem quando forem chamadas. O cadastro é feito de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 12h e das 13h30 às 18h.
Após isso, o interessado é encaminhado para a coleta de 5 ml de sangue, que será enviado a um laboratório responsável pelo exame de Histocompatibilidade Genética, que mostra as características genéticas. Tanto as informações desse exame como as informações adquiridas no formulário de cadastro são incluídas no banco de dados nacional, o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), tornando a pessoa uma candidata à doação.
“Quando o paciente não possui um membro familiar compatível, onde as chances são maiores, o médico recorre a esse cadastro de doadores não aparentados”, disse Rafaella Pessoa, assistente social do Setor de Captação de Doadores do Hemoraima.
O funcionário público Esron Vieira, 24, faz parte do Redome há pouco tempo, embora doe sangue três vezes por ano no período de dois anos. “Em uma das vezes que fui doar, uma moça perguntou se eu não queria ser doador de medula, mas o medo me fazia recuar”, disse. Contudo, as informações levadas pela funcionária do Hemocentro sobre os procedimentos e a importância da doação fizeram com que ele mudasse de ideia.
À Folha, ele contou um caso que vivenciou. “Em uma viagem à Paraíba, descobri que a mãe de uma amiga precisava de doadores de sangue. Eu me dirigi, então, à instituição. Na hora de fazer o cadastro, a funcionária perguntou se eu era um doador de medula e eu confirmei. Ela me chamou de corajoso. Não pude deixar de refletir que ela era, assim como eu fui, uma desinformada, com o agravante por ser funcionária. Eu me arrependo por não tê-la questionado. A doação de medula não tem mais adeptos por falta de informação. A informação liberta”, frisou.
Para a auxiliar administrativa Michelly Gomes, 32, o motivo de ter se tornado uma doadora foi familiar. A paraense disse que há 15 anos é cadastrada no Redome. “A compatibilidade é muito rara, mas eu posso ser compatível com alguém que pode estar do outro lado do mundo, já que minhas informações estão arquivadas no banco nacional. Por isso seria interessante que todo mundo fosse doador. Quando a chance acontece, você pode salvar a vida de alguém, e sem se prejudicar”.
Para ser um doador de medula óssea é preciso ter de 18 a 55 anos, dirigir-se ao Hemocentro portando um documento oficial com foto e não possuir doenças transmissíveis por sangue.