Cotidiano

Internos do CSE participam de curso sobre panificação

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Emoção para familiares, oportunidade para os adolescentes. Os socioeducandos do Centro Socioeducativo de Atendimento ao Adolescente em Conflito com a Lei (CSE) de Boa Vista iniciaram, nesta quarta-feira, um curso de profissionalização em artigos de panificação.

O curso oferecido pelo programa Pronatec/Senav, em parceira com o Senai, irá realizar aulas diariamente com 19 adolescentes, sendo três em condição de semiliberdade e 16 em internação. Eles receberão uma bolsa de quatro parcelas de R$ 100,00 até o final do curso, no mês de dezembro.

A diretora do CSE em Boa Vista, Célia Regina, afirmou que o curso é uma oportunidade para os jovens se profissionalizarem enquanto estão reclusos. “Esses meninos tão jovens precisam de uma ocupação que os ressocialize e os instrua num bom caminho. Agora, eles têm a oportunidade de repensar sobre o que fizeram e voltarem pra sociedade como alguém melhor”, disse.

Para o socioeducando L.S.S., o curso traz um novo olhar. Com 19 anos e há um ano no sistema, ele já participou do curso de jardinagem e disse que a cada nova experiência se sente mais preparado para quando tiver direito à liberdade novamente.

Ele explicou que o curso possibilita para ele uma oportunidade de trabalhar com o que gosta. “Eu sempre gostei de cozinhar, mas quando você tem um diploma tudo é diferente. Acredito que, quando eu sair daqui, esse curso vai me ajudar a conseguir o emprego que eu sempre quis”, frisou.

L.S.S. destacou que o curso ensina muito mais que noções de panificação. “A gente aprende noções de higiene, a como lavar as mãos corretamente. Aprende a guardar os alimentos da forma certa, como lavar tudo para poder usar. E ainda entende um pouco de como funciona o mercado. É realmente muito bom”, frisou. “Além disso, a bolsa vai servir de ajuda pra nossa família, que ta lá fora precisando de várias coisas”.

Para M.A.T., o curso oferece uma oportunidade de aprender coisas novas. “Esse é o primeiro curso que faço e espero poder aplicar meus conhecimentos lá fora e conseguir um emprego, que seria muito bom”, afirmou.

Para participar do curso, os socioeducandos têm que passar por uma avaliação de currículo e de comportamento. Fatores como tipo de delito cometido e comportamento dentro do sistema são considerados para que possam ter direito de assistir as aulas. “É bonito quando percebemos eles se dedicando e querendo ser alguém melhor. Acreditamos neles e esperamos que, quando saírem daqui, possam seguir uma vida feliz e honesta”, disse a diretora do CSE, Célia Regina. (JL)

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