Cotidiano

Internet a rádio é opção para quem está insatisfeito com a banda larga

Diferencial no atendimento e cobertura de áreas são alguns dos atrativos para a preferência, afirma empresário do ramo

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Proprietário de uma empresa provedora de internet via rádio, Luiz Alberto Fernandes explicou que ultimamente muitas pessoas e empresas da Capital migraram para o serviço oferecido pela empresa dele, que oferece um trabalho de link. “Isso se deve à parte de suporte. Na empresa de internet banda larga, o cliente inevitavelmente precisa ligar, ouvir o atendimento eletrônico e, na maioria das vezes, esperar muito”, disse.

Como todas as empresas credenciadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), incluindo a empresa dominante do setor de banda larga no Estado, o órgão regulador exige que todas trabalhem através de protocolos de atendimento. “O problema é que as empresas dão sempre um prazo de 72 horas para tentar resolver algum problema que pode ser simples. Então, o usuário acaba ficando todo este tempo sem internet”, relatou. “Pela nossa empresa isso não acontece. A pessoa que liga buscando assistência tem os problemas resolvidos de forma rápida. Os mais complexos são solucionados em até 24 horas, no máximo. Basicamente, é por isso que estas pessoas estão preferindo a internet a rádio”.

Luiz Alberto afirmou que recentemente a provedora de internet a rádio teve mais procura de instalações, principalmente em algumas localidades que não possuem internet banda larga. Este é o caso do bairro Cidade Satélite, na zona Oeste. “Posso garantir que, hoje, 80% dos meus clientes estão concentrados ali”, disse. Mesmo com a implantação da empresa nacional na região, a firma perdeu apenas 2% de sua clientela.
O empresário explicou que antes havia receio por parte da população acerca da internet via rádio. “Ainda assim, nossa empresa venceu este tabu. Temos uma enorme aceitação do público e isso a gente observa devido à quantidade de empresas com as quais trabalhamos, ressaltou.

Questionado sobre a qualidade do serviço oferecido, o empresário disse que as chuvas fortes podem chegar a interferir links de longa distância entre o receptor e o provedor. Contudo, o problema pode ser contornado através da proximidade dos links, as torres repetidoras de sinal junto aos clientes, que inclusive já estão dispersas em setores distintos da cidade. “Já projetamos a expansão para outros bairros, como Caçari, na zona Leste, e Cauamé, na zona Norte. Além disso, monitoramos o status da internet do cliente em tempo real”.

Hoje, a instalação do serviço a rádio custa cerca de R$ 300,00, um valor que, segundo o proprietário, vale a pena, considerando que a manutenção do equipamento de recepção, em caso de defeito ou qualquer problema, fica por conta da firma. O material é emprestado pela provedora.

O preço mensal do serviço para 1 megabyte começa por R$ 80,00 e, de 2 megabytes, custa R$ 100,00. Para uma velocidade além da oferecida normalmente, a empresa precisa fazer testes e verificações no local da recepção para vender o produto. “Não podemos vender um serviço que não podemos garantir a funcionalidade”, frisou. “Os nossos diferenciais são estes: a rapidez e a relação de confiança com os clientes”.

ALERTA – Luiz Alberto frisou que o cliente disposto a contratar o serviço de internet a rádio ou que deseje migrar da internet via banda larga deve estar atento e evitar comprar o produto de provedoras ilegais. “Existem várias provedoras irregulares na cidade. A população deve procurar alguém que esteja licenciado pela Anatel, porque vai ter a garantia de um bom serviço, além de ter a segurança de exigir seus direitos, caso alguma coisa errada suceda”, disse.

A Anatel gerencia todo tipo de serviço relativo à provedoria de internet no País. Existem apenas quatro empresas servidoras de internet legalizadas na Capital. A internet destas empresas ilegais é oferecida através do serviço de banda larga da empresa de telefonia Oi. Porém, subsidiado de forma irregular ao cliente final.

“Prestamos contas todos os meses para a Agência, o que não é o caso destas outras pessoas. De fato, elas até atrapalham as empresas que estão legalizadas”, afirmou o empresário. “Pagamos impostos e geramos receita para o Estado. Aqueles que não têm permissão, fazem isso e ainda oferecem um serviço de qualquer jeito, instalam antenas precárias e vendem um serviço de 5 megabytes por R$ 50,00. Parece muito tentador, até que o usuário descobre que não tem nenhuma garantia e só vai ter dor de cabeça”. (JPP)

Usuários reclamam de demora e ineficácia do serviço da Oi

As reclamações de usuários de internet banda larga de Boa Vista são comuns. Os relatos dos clientes da empresa Oi expressam o incômodo passado ao lidar com as demoras nos atendimentos, manutenções e até mesmo no pedido de instalações do serviço de internet fixa.

O empresário Haroldo Pereira, por exemplo, critica de forma contundente o atendimento. Ele relatou que após um problema com a situação da internet de sua firma, tentou contato com a empresa, que se disponibilizou a solucioná-la num certo tempo limite, que foi estourado. “Vieram depois de muita enrolação”.

Para ele, a situação dos atendimentos é complicada porque apenas essa prestadora de serviço está presente em Boa Vista. “Tudo depende de uma burocracia enorme. Eles monopolizam a banda larga aqui em Roraima. É pedir muito que nós tenhamos um serviço mais personalizado, que não dependa da sede em Belém?”, questionou.

O estudante universitário Hallison Pontes, que mora no bairro Centenário, zona Oeste, reclama que, após ter pedido a instalação da internet fixa, passou dias recebendo respostas insatisfatórias da empresa. “Eles se esquivavam, davam um jeito de deixar a visita técnica para outro dia. Um dia eu recebi uma ligação da central. Depois de muito tempo, eles simplesmente disseram que a instalação não ia ser possível porque a Oi não cobre a região onde eu moro”, relatou. O estudante já entrou em contato com uma empresa de internet a rádio, que garante a cobertura do serviço no Centenário.

A funcionária pública Jane Lacerda afirmou que espera até hoje a visita dos técnicos da empresa terceirizada pela Oi para a instalação do serviço em sua residência, no Centro. Alegou que aguarda há mais de doze dias desde que pediu a instalação. “O engraçado é que eles próprios agendaram a visita. Isso está se arrastando há dias e até hoje estou sem internet”, disse.

Ela também cogita cancelar o pedido de instalação para adquirir outro tipo de provedoria de internet. “Antes nós usávamos modem de internet móvel. Mas meu filho cresceu e precisa pesquisar online e estudar. Estive pesquisando e pensei em pedir a instalação do serviço via rádio”.

OI – A empresa Oi afirmou que desde janeiro de 2014 até março de 2015, instalou aproximadamente seis mil novas portas de acesso à internet banda larga no Estado e que tem mais de 33 mil clientes que utilizam o serviço de banda larga fixa em Roraima. A empresa não se pronunciou sobre seu sistema centralizado de atendimento, queixa recorrente de usuários locais.

Sobre a área de cobertura da internet, informou que estuda constantemente a expansão do serviço, de acordo com critérios técnicos e mercadológicos. Ressaltou que a instalação do serviço depende de uma análise prévia da capacidade da central a qual ele está ligado, além da infraestrutura do endereço onde o serviço será habilitado. Para consultar a disponibilidade do serviço, os interessados podem entrar em contato pela central 0800 031 0001 ou pelo site www.oi.com.br. (JPP)

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