De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil já soma 217 casos notificados de intoxicação por metanol (Foto: Divulgação)
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil já soma 217 casos notificados de intoxicação por metanol (Foto: Divulgação)

O Instituto de Criminalística da Polícia Científica de São Paulo confirmou que as bebidas alcoólicas analisadas continham metanol adicionado de forma externa, e não proveniente de um processo natural de destilação. O resultado reforça a suspeita de falsificação em parte dos produtos comercializados no estado.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil já soma 217 casos notificados de intoxicação por metanol, sendo 17 confirmados e ocorrências suspeitas em 14 estados. O metanol é uma substância altamente tóxica e pode causar cegueira, insuficiência respiratória e morte quando ingerido.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que atua nas perícias de constatação e concentração das amostras apresentadas pela Polícia Civil, além de realizar análises documentoscópicas dos rótulos e lacres dos recipientes suspeitos. O órgão, porém, não divulgou o número de garrafas analisadas nem as localidades de coleta.

Na segunda-feira (6), o governo de São Paulo já havia confirmado que a Polícia Científica detectou metanol em bebidas alcoólicas de duas distribuidoras da capital paulista. A principal hipótese investigada é de que o produto tenha sido adicionado durante a falsificação, de forma acidental ou proposital.

Até o momento, operações conjuntas da Polícia Civil e da Vigilância Sanitária resultaram na prisão de 41 pessoas e no fechamento de quatro fábricas clandestinas. As investigações continuam para identificar a origem e a rota de distribuição das bebidas adulteradas.