Indígenas da etnia Waimiri Atroari iniciaram a distribuição do Plano Básico Ambiental-Componente Indígena (PBA-CI) referente ao Linhão de Roraima, que irá conectar o estado ao Sistema Interligado Nacional (SIN). O documento, traduzido para a língua do povo Waimiri Atroari, será entregue a cerca de 60 aldeias. Após análise, a comunidade irá deliberar sobre a aprovação do plano.
O processo de distribuição do PBA-CI teve início no último dia 03 e deve ser finalizado em 18 de fevereiro. A execução dos trabalhos está sendo realizada pelo próprio povo Waimiri Atroari, como medida preventiva ao risco de contágio pela covid-19 por pessoas de fora da comunidade.
O plano foi traduzido recentemente para o idioma indígena e apresenta as medidas mitigadoras e compensatórias para que o empreendimento aconteça, minimizando os impactos negativos e maximizando os impactos positivos. O linhão será construído entre Manaus e Boa Vista, passando pelo interior da Terra Indígena Waimiri Atroari.
A tradução foi realizada por dois professores que seguiram todos os protocolos de segurança sanitária para garantir a proteção das comunidades indígenas no contexto da pandemia. Os tradutores também seguiram as determinações do protocolo Waimiri Atroari, conforme solicitado pela etnia, o que incluiu quarentena de 14 dias e testagem negativa para covid-19 antes da entrada no território indígena.
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O próximo passo é a realização de uma reunião final entre os envolvidos, em data e formato a serem definidos conforme o protocolo Waimiri Atroari e seguindo todas as medidas de saúde necessárias no âmbito da pandemia do novo coronavírus.
Durante as tratativas para a realização do trabalho de tradução, a Funai buscou conciliar a consulta à comunidade indígena ao desenvolvimento econômico e social do país. O Linhão Manaus-Boa Vista deverá beneficiar milhares de pessoas indígenas e não indígenas e ainda reduzir a poluição causada pelas térmicas atualmente em funcionamento.
Com informações da FUNAI
