Conforme dados do Ministério das Cidades, o número de contratos em situação de inadimplência do programa Minha Casa, Minha Vida – Faixa 1, com mais de 90 dias sem pagamento, está acima da média de inadimplência do Brasil. Enquanto a média percentual em Roraima é de 44%, referente aos 2.799 contratos endividados, a média nacional é de 32%.
Apesar do dado alarmante, a secretária nacional de Habitação, Henriqueta Arantes, explicou que está sendo desenhada uma campanha de educação, a fim de mostrar aos beneficiados a importância da conquista que tiveram em relação à casa própria. A previsão é de que até o final do ano o plano de trabalho será encaminhado ao ministro das cidades, para que a campanha possa ser realizada no ano que vem.
Henriqueta ressaltou que os inadimplentes devem entender que, para obter o patrimônio, foi aplicado o dinheiro da sociedade brasileira. “Eles têm um subsídio elevado, por pagar de 5% a 15% da renda em 120 parcelas. Praticamente ganham a unidade habitacional. É um esforço mínimo que se pede da família para que tenha garantia do contrato do imóvel, que é dele”, disse.
A campanha será incisiva para que os moradores possam entender que a propriedade adquirida por meio do subsídio que receberam corresponde a mais de 90% do valor do imóvel. Ela informou que o objetivo é trabalhar para que haja reflexão por parte dos beneficiados, a fim de que o mesmo se sinta estimulado a ficar adimplente. “A prestação é pequena, não há razão para não pagar”, pontuou a secretária.
Com juros mais antigos, o valor chega a R$ 25,00 por mês. Para Henriqueta, com um pequeno esforço a família consegue pagar a mensalidade. Ainda assim, na medida do possível o órgão vai facilitar o pagamento, colocando as agências da Caixa para atender o público que queira negociar e quitar as dívidas. Também vão trabalhar dentro do conjunto, de morador a morador, para alertar a adimplência.
Ainda que os números sejam altos, a secretária informou que não houve retomada de imóvel por não pagamento e não haverá sem que haja, preliminarmente, a campanha educativa. Ela reforçou que é preciso fazer com que as pessoas também tenham consciência e olhem para aqueles que esperam pela oportunidade de conquistar a moradia própria.
Segundo a secretária, o Ministério está operando normalmente com os recursos oriundos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) nas Faixas 1 e meio, 2 e 3. Além desses, há contratos em andamento no Minha Casa, MInha Vida Entidade e no programa Minha Casa, Minha Vida Rural. Para 2017, o Ministério das Cidades voltará a contratar no Faixa 1. (A.G.G)