A professora Sandra Mara Botelho é a nova reitora do Instituto Federal de Roraima (IFRR). Após ser eleita em junho deste ano por estudantes e servidores para atuar durante o quadriênio 2016-2020, a reitora participou da cerimônia de posse realizada no anfiteatro da Reitoria da instituição, no bairro Calungá, zona Sul, na manhã de ontem. O cargo foi dirigido anteriormente pelo professor Ademar de Araújo Filho.
Para Sandra, as expectativas são inúmeras, assim como os desafios. Contudo, ela acredita que, dentro de um trabalho coletivo, poderá dignificar ainda mais a posição do IFRR como uma instituição pública, que oferece cursos gratuitos e de qualidade à comunidade. “Muita gente fala sobre crise, mas é na crise que encontramos a criatividade”, ressaltou.
Segundo ela, até por conta de equilíbrio fiscal dentro da máquina administrativa do poder federal, o primeiro desafio é em relação ao orçamento, uma vez que o custo do aluno na Amazônia é oneroso para a rede. Ela relatou que é preciso contar com parcerias e emendas parlamentares se a instituição quiser continuar ministrando os cursos dentro da linha que é comum aos institutos federais.
Os outros desafios são as medidas impostas ou sugeridas pelo governo. Conforme relato, é considerado que o país esteja passando por um realinhamento da educação no que diz respeito à alteração do ensino médio.
Sandra afirmou que os desafios serão apenas mais um dentro do trabalho que será feito durante os próximos quatros anos. “Não houve campanha, mas consulta pública”, ressaltou.
De acordo com a reitora, quando um gestor coloca o seu nome para ser referendado para a comunidade interna, o mesmo já vem desenvolvendo um trabalho a longo prazo na localidade. Frisou que os seus 23 anos dentro do IFRR mostraram um pouco do que pode fazer e como fazer. Além disso, ela acrescentou que já acompanha o desenvolvimento da entidade, que passou por tantas transformações importantes, como a mudança de Escola Técnica para Instituto Federal.
“Avalia o cargo como uma oportunidade de colocar em prática tudo que vi durante os anos de trabalho. Vejo os pontos positivos e posso copiá-los, reformá-los e alterá-los. Os pontos negativos a gente vai aperfeiçoando, porque já conhecemos. Não posso descartar o conhecimento e as experiências anteriores”, destacou.
Sandra ressaltou que a população, de modo geral, está passando por um momento especial, principalmente na região Norte. Diante da situação, ela aproveitou para congregar todas as instituições de educação a nível federal e estadual, a fim de que possam fazer um esforço conjunto de desenvolvimento regional, com o foco voltado para a realidade amazônica. (A.G.G)