Homem destaca importância de servir ao planeta como agricultor

A importância da agricultura para a manutenção da economia mundial é indiscutível, uma vez que no campo são produzidos alimentos e produtos primários utilizados na indústria, comércio e serviços. Ou seja, a agricultura é essencial na vida do povo e dos bichos.

Neste dia dedicado aos produtores rurais, 28 de julho, o agricultor Reginaldo Dias, de 57 anos, narra uma realidade que também se confunde com a de milhares de pequenos produtores rurais brasileiros depositando o sentimento de um futuro melhor na lida do campo.

Considerando-se um estreante no esforço da roça – com apenas cinco anos lidando com animais e o cultivo de alimentos – Dias estampa no rosto um enorme orgulho, destacando sua capacidade de servir ao planeta. “Cultivar a terra e colher bons frutos é uma satisfação enorme que sinto toda vez que alimento a minha família e os meus bichos. Há pouco tempo eu lido com a roça, mas dela eu também tiro o nosso sustento e, dessa forma, a agricultura é uma dignidade na minha vida”, disse.

Natural do Maranhão, ele vive há 25 anos em Roraima. Na propriedade, planta grãos, frutas, hortaliças e cria animais de pequeno porte. “Considero-me um verdadeiro ‘roraimado’, uma pessoa que realmente ama esta região tão acolhedora. E com a minha roça, o cultivo do milho garante o sustento dos bichos durante o ano todo, mas também consumimos bastante e até vendemos parte da produção na nossa região”, reforçou ele, que vê com bons olhos o desenvolvimento da produtividade em Roraima com o atual governo estadual fomentando medidas e técnicas para melhorias na correção do solo, genética das plantas e demais evoluções no aparato da produção.

“São diversos os projetos do governo favorecendo os pequenos produtores, dentre eles está o amparo da Agricultura Familiar ampliando a produção de alimentos”, complementou.

Tradicionalmente, a agricultura familiar está entre os mais diferentes tipos de agricultura existentes, como comercial, natural, permacultura e sustentável. Sua produção é desenvolvida por famílias do campo, cujo rendimento é voltado para a subsistência delas.

Nesse tipo de agricultura, o terreno, de modo geral, é pequeno, e a produção é diversificada. Contudo, a representatividade mundial da agricultura familiar representa 80% da produção de alimentos, favorecendo extrema importância para a economia.

O Governo do Estado disse que tem desenvolvido iniciativas para produtores do segmento, como o Projeto de Grãos em Terras Indígenas. Em 2022, está prevista a colheita de 1.500 hectares de feijão caupi e milho, o que deve beneficiar 1.418 famílias em 118 polos de produção.

Nos últimos anos, o Programa Estadual de Aquisição de Alimentos (PAA) obteve R$ 1,3 milhões de investimento estatal. Em 2022, mais um reforço econômico de R$ 2 milhões promete continuar o PAA, com o intuito de favorecer a agricultura familiar.

O projeto iniciou em 2020, com as primeiras tratativas juntos aos povos indígenas e, em 2021, os primeiros resultados apareceram: cerca de 800 hectares de cultivo de grãos foram plantados em 52 polos de produção. No cultivo desses grãos, foram colhidas 16 mil sacas de milho e 272 de feijão caupi.

Insumos

Para alavancar a produção nas comunidades indígenas, o projeto de grãos prevê também a compra de insumos de correção de solo e plantio. O governo estadual disse ter comprado R$ 2 milhões em calcário para os 52 polos de produção das agriculturas familiar e indígena, para atender as safras de 2021 e 2022. Ao todo, foram adquiridas mais de 5.500 toneladas de calcário.

Microcrédito

O Governo destacou que a agência de fomento Desenvolve Roraima tem incentivado o microcrédito para empreendedores da agricultura familiar. A taxa de juros é de 3% ao ano, ou seja, 0,25% ao mês. O prazo alongado é de até cinco anos para pagar, com dois anos de carência neste período. Os técnicos do Iater (Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural) podem realizar a assistência, orientando a capacidade financeira dos produtores interessados no programa de crédito.

Tratores

Além disso, o Governo disse ter investido, neste ano, R$ 49.856.345,00 na compra de equipamentos agrícolas, como tratores, grades aradoras e niveladoras, distribuidor de calcário, plantadeira de grãos, caixas individuais para sementes, pulverizadores, roçadeiras acopladas no trator, carretas agrícolas, perfurador de solo, enxadas e batedeira de cereais. O Estado disse oferecer toda a logística, com insumos e assistência técnica.

Foram adquiridos 1.545 equipamentos agrícolas, incluindo 100 tratores, adquiridos para auxiliar o pequeno produtor rural a aumentar a sua produção

Área plantada em 2022

Segundo o Governo, para 2022, o plantio das grandes culturas: milho, arroz e soja estão estimados em até 200 mil hectares, o que implica em um aumento quintuplicado sobre o ano de 2019, por exemplo.

Com o projeto do milho na agricultura familiar e indígena, três mil hectares também estão sendo plantados em 2022, sendo 1.500 na agricultura familiar e outros 1.500 na agricultura familiar indígena. Atualmente, mais de 20 mil pessoas trabalham com a produtividade rural.