O Hospital Geral de Roraima retomou esta semana a realização de cirurgias eletivas para pacientes externos da unidade. Os trabalhos estão sendo executados em ritmo intenso para zerar a demanda reprimida de aproximadamente 300 procedimentos acumulados em função da greve dos profissionais da enfermagem, encerrada na última sexta-feira, dia 16.
Conforme a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), logo após a suspensão do movimento grevista, às 12 horas da última sexta-feira, o hospital já retomou as cirurgias imediatamente, priorizando os pacientes que estavam internados. Nesta terça, iniciaram os procedimentos de pacientes que aguardam em casa.
A unidade tem realizado uma média de 40 cirurgias diárias, principalmente de buco-maxilo-facial e ortopedia, que são as principais demandas na unidade hospitalar. A prioridade são os pacientes internados e, conforme a disponibilidade de leitos, pacientes externos que tiveram seus procedimentos cancelados em função da greve.
A diretora-geral do HGR, Marcilene Moura, explicou que os pacientes internos são os primeiros atendidos com objetivo de liberar leitos, evitando a superlotação no hospital.
“Nossa expectativa é regularizar o fluxo de cirurgias em um mês. Será um grande desafio conciliar os atendimentos da demanda reprimida e acomodar os novos pacientes, mas estamos trabalhando intensamente para isso”, disse.
Durante os mais de 10 dias de greve, as cirurgias de oftalmológicas, oncológicas, buco-maxilo-facial, ortopedia e de gastroplastia foram as mais prejudicadas. Foram mantidos apenas os procedimentos de urgência.
MEDICAMENTOS
A Sesau avançou na aquisição de medicamentos e materiais no HGR, reduzindo a lista de itens em falta na unidade de 185 para 37 medicamentos, dos quais praticamente todos estão em processo de compra. A Sesau precisa seguir normas rígidas para aquisição de medicamentos, principalmente no que diz respeito ao limite de preço, o que pode retardar a aquisição ou entrega de alguns materiais ou medicamentos específicos.
Roraima passou de 23% de abastecimento em 2014 para cerca de 70% neste ano. “Temos consciência de que as coisas ainda não estão como gostaríamos, mas temos que reconhecer que houve muitos avanços no abastecimento das unidades, e ainda pretendemos melhorar ainda mais”, disse o secretário estadual de Saúde, César Penna.
Com informações do Governo do Estado.