Movimento social e político na defesa dos direitos animais por ética e compaixão à vida. Esta é uma das máximas da filosofia de vida que vem ganhando adeptos pelo mundo a fora, o veganismo.
Neste domingo (1º) é comemorado o Dia Mundial do Veganismo e ativistas de todo país celebram a data promovendo manifestações pacíficas e educativas.
Não existe uma estimativa do número de veganos em Roraima, onde o novo estilo de vida ainda é incipiente, mas vem crescendo e ganhando espaço a cada ano.
No Brasil, 14% da população se declara vegetariana. Os dados são da pesquisa Ibope Inteligência, realizada em 2018.
Não há estudo, até o momento, sobre o número de veganos no país. Mas o que se sabe é que essa parcela da sociedade vem crescendo exponencialmente.
Simpatizantes trocam experiências em grupo de rede social
Em Boa Vista, um grupo de WhatsApp de veganos/vegetarianos/simpatizantes trocam informações e experiências, além de receitas sem nada de origem animal.
A servidora pública Thárin Gomes Radín, 32, faz parte desse grupo. Morando em Boa Vista há 17 anos, Thárin é vegana, deixou de ser vegetariana há mais de 3 anos, e há mais de 2 anos reconheceu o veganismo como estilo de vida.
“Iniciei uma trajetória de mudança alimentar, exclusivamente por questões de saúde, muitas alergias e distúrbios alimentares que descobri ao longo da vida, consumindo carne e leite. E foi aí que eu descobri que fazia total sentido para mim o vegetarianismo”, destacou. Não demorou muito para que Thárin tomasse a decisão que mudaria sua vida por completo.
Thárin participa de um curso de culinária vegana (Foto: Arquivo pessoal)
“Veganismo é movimento político, é entender que todo tipo de opressão deve ser abolido. Eu já estava muito ligada no movimento feminista, sou estudiosa da teoria feminista e tudo isso está interligado. Eu dificilmente teria essa visão mais abolicionista sistema e política se não fosse vegana”, admitiu.
A também ativista vegana Erika Lopes, de Belo Horizonte, comunga do mesmo pensamento. Ela é formada em administração e em 2016, defendeu o tema “Ética animal nas organizações, uma mudança de paradigma”.
“O veganismo é o caminho da libertação animal. Um percurso de experiências, em que vamos eliminando as correntes cada vez mais. O veganismo liberta seres humanos e não humanos”, afirmou.
“Ser vegana é parte de uma perspectiva revolucionária. Precisamos fazer a conexão urgente e acreditar que todos que estão nesse planeta, merecem viver e ser respeitados”, destacou a vegana Nádia Soares, ativista em Lisboa, Portugal.
“Lutamos pelo fim da violação dos direitos, fim da opressão, da desigualdade social, do machismo, da homofobia e todas as formas de injustiças. É a luta por um mundo mais justo e igualitário”, completou.
“Precisamos fazer a conexão urgente e acreditar que todos que estão nesse planeta merecem viver e ser respeitados”, diz Nádia Soares
Saiba a diferença entre Vegano e Vegetariano:
Para quem nunca ouvir falar nas denominações “vegano” e “vegetariano”, no início, pode causar certa confusão.
-Veganos não consomem nada de origem animal em suas dietas.
-Vegetarianos não consomem nenhum tipo de carne, porém ainda consomem leite e derivados, além do ovo.