Governo decreta situação de emergência em nove municípios

O governador Antônio Denarium (sem partido) assinou na manhã desta segunda-feira, 7, um decreto de situação de emergência em nove municípios de Roraima, em razão dos impactos causados pelo inverno rigoroso no município. O decreto que terá duração de 180 dias é para os municípios de Bonfim, Cantá, Caracaraí, Caroebe, Normandia, Rorainópolis, São João da Baliza, Uiramutã e São Luís.

A medida foi anunciada por meio de coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 07, no Salão Nobre do Palácio Senador Hélio Campos. A identificação dos nove municípios foi levantada com base em dados da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros. O monitoramento dos demais municípios permanece e outras localidades poderão ser incluídas, em caso de necessidade.

O governador afirmou que a medida visa salvar vidas e pessoas que possam ficar isoladas.  “As equipes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros estão fazendo atendimento da população, inclusive com travessia de pessoas. Outras ações são construções e revitalizações de pontes, comida e atendimento médico para quem precisa”, afirmou.

Denarium ressaltou ainda que o inverno em Roraima compreende os meses de abril até setembro, portanto, o nível de chuva ainda deve ser superior ao contabilizado até o momento. “Até o mês de maio já choveu correspondente ao mesmo período de anos anteriores. Já choveu mais que 2011, que foi a última maior cheia que tivemos em Roraima, por isso precisamos nos preparar para uma das maiores cheias dos últimos tempos”, complementou.

O coronel Cleudiomar Ferreira, diretor executivo da Defesa Civil, acrescentou que desde o início do ano foram realizadas obras preventivas de infraestrutura, que amenizaram os problemas das cheias. “Se não fosse essas obras preventivas, a situação seria ainda mais crítica e mais municípios estariam também em situação de emergência”, afirmou.

Uiramutã é município em situação mais crítica

Segundo avaliação da Defesa Civil, o município em situação mais crítica é Uiramutã, por conta da distância entre as comunidades indígenas que estão isoladas e somente podem receber assistência via aérea. O mesmo caso ocorre também em Normandia, que também tem dificuldade de acesso.

“Os nossos municípios tem muitas comunidades indígenas e ribeirinhas, com as pessoas vivendo e sobrevivendo às margens dos rios, que precisam de atenção”, declarou Cleudiomar.

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