O Governo de Roraima solicitou mais uma vez ao Ministério de Estado da Justiça, em caráter de urgência, o apoio da Força Nacional de Segurança. O relatório foi encaminhado na manhã de ontem à Brasília. Conforme o documento, a governadora Suely Campos (PP) solicitou o efetivo de 100 policiais para auxiliar as forças de segurança no controle da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), onde ocorreram 33 mortes no dia 06 passado.
Durante coletiva realizada com a imprensa, na Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (Sejuc), o titular da pasta, Uziel Castro, explicou que, dependendo do quantitativo a ser enviado, a função dos policiais será direcionada na atuação da Pamc, com segurança externa e interna, e policiamento na Capital. A princípio, os policiais ficarão cerca de 60 dias no Estado. “Eles serão utilizados da maneira que for adequada para manter a segurança do sistema prisional”, frisou.
No pedido, o governo relatou que não será possível garantir a integridade física daqueles que estão sob a guarda do Estado, o que é prioridade, sem comprometer o policiamento ostensivo que atua na proteção da população. Frisou que 13% do efetivo da Polícia Militar de Roraima (PMRR) estão destinados para a companhia de guarda do sistema prisional. Além da Força Nacional e da PMRR, foi pedido o apoio da Força de Intervenção Penitenciária Integrada (Fipi).
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Castro explicou que a Fipi é um grupamento formado por voluntários de agentes penitenciários. Criado em 2005, o grupo já trabalhou no controle do Sistema Prisional do Estado do Ceará e é utilizado pelo Ministério da Justiça quando há conflito. O secretário disse que conversou com o diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e que ele autorizou o envio do reforço. “Não sabemos quando chegam, é uma questão de logística, os policiais devem ser recrutados”, destacou.
Além do reforço de efetivo policial e do repasse de R$ 44 milhões do Fundo Penitenciário, o Governo do Estado solicitou auxílio financeiro do Governo Federal para concluir a construção da Penitenciária de Rorainópolis, município no sul do Estado, e do anexo da Cadeia Pública de Boa Vista, na Capital. O auxílio também será utilizado para reaparelhamento dos agentes penitenciários, como armamentos letais e não letais e munições.
TRANSFERÊNCIA – Segundo o ofício, a governadora Suely também abordou a possibilidade da transferência de oito detentos identificados como líderes de facções criminosas para presídios federais de segurança máxima. O objetivo é aliviar os conflitos internos da PAMC. (A.G.G)
