Cotidiano

Funcionários dos Correios de Roraima não aderem ao Plano de Demissão Voluntária

Funcionários dos Correios de Roraima não aderem ao Plano de Demissão Voluntária Funcionários dos Correios de Roraima não aderem ao Plano de Demissão Voluntária Funcionários dos Correios de Roraima não aderem ao Plano de Demissão Voluntária Funcionários dos Correios de Roraima não aderem ao Plano de Demissão Voluntária

Quase 10 meses após o anúncio do Plano de Demissão Voluntária (PDV), nenhum dos 232 funcionários dos Correios em Roraima aderiu à proposta. Esta semana, a estatal anunciou que irá lançar um terceiro e mais flexível plano visando reduzir custos com benefícios a empregados e tentar evitar o terceiro ano consecutivo de prejuízos.

Conforme a empresa, a proposta ainda seguirá para as autorizações dos ministérios do Planejamento, Desenvolvimento, da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Ainda não há como mensurar a expectativa de empregados que possam aderir ao plano.

Os Correios no Estado abriram o PDV no dia 16 de novembro do ano passado, acompanhando a decisão da sede nacional. Somando todas as agências do Brasil, são 17,7 mil empregados aptos a pedirem a demissão. Nas duas edições anteriores, no entanto, nenhum empregado em Roraima aderiu.

A baixa adesão de funcionários no Estado já era esperada pela empresa devido às regras para se obter a indenização. Os trabalhadores precisam ter idade maior ou igual a 55 anos e tempo de serviço igual ou maior a 15 anos. Durante oito anos, eles receberão indenização de até 35% de seus salários, reajustada anualmente de acordo com a inflação.

O benefício, chamado de Incentivo Financeiro Diferido (IFD), não sofre incidência de nenhum imposto e continuará sendo pago em caso de falecimento do servidor. O cálculo da indenização é feito pela média dos salários dos últimos 60 meses, pelo tempo de serviço e pela idade do funcionário, não podendo passar de R$ 10 mil por mês.

Porém, dentre os 232 trabalhadores que atuam hoje no Estado, há poucos que se enquadram nas regras do PDV. Os Correios em Roraima garantiram que o número de servidores atende à demanda, já que o segmento postal tem sofrido queda nos últimos anos.

PDV – O primeiro PDV foi lançado nos anos de 1997 a 1999, na gestão do então presidente Fernando Henrique Cardoso. Na época, pouco mais de dois mil servidores em Roraima aderiram ao programa.

Conforme a direção nacional dos Correios, a decisão de abrir o PDV veio da necessidade de cortar gastos. São de R$ 800 milhões a R$ 1 bilhão que poderão ser economizados mensalmente se pelo menos 8,2 mil servidores escolherem se aposentar.

SINDICATO – A Folha procurou o Sindicato dos Trabalhadores na Empresa Brasileira dos Correios e Telégrafos e Similares, que não se pronunciou sobre o assunto. (L.G.C)

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