Cotidiano

Funasa capacitará militares para minimizar riscos à qualidade da água

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Cerca de 30 militares do Exército e da Aeronáutica vão participar do curso de capacitação “Minimização de Riscos à Qualidade da Água para Consumo Humano”, que será ministrado pela Superintendência Estadual de Roraima da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). O evento será de 28 a 31 deste mês, no auditório da Fundação, com carga horária de 32 horas.

Além de ensinar a montar um sistema de controle da qualidade da água, o curso tem o objetivo de tratar a respeito do que possa prejudicar essa qualidade, como resíduos e contaminação química e biológica, analisando as experiências dos militares nos batalhões e os capacitando para minimizar os problemas com a qualidade da água.

A parceria entre a Funasa de Roraima e o Exército já acontece há cerca de dois anos, contribuindo com a capacitação técnica dos militares com cursos anuais para os pelotões de fronteira do 7º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), mas este ano também participarão os militares da Aeronáutica e do 6º Batalhão de Engenharia de Construção (BEC).

Esses cursos de capacitação são ministrados uma vez por ano, pois devido à grande rotatividade dos militares, o trabalho de capacitação deve ser contínuo. “O Exército nos procurou primeiramente para capacitarmos os seis pelotões de fronteira do 7º BIS no que se refere aos sistemas de tratamento de água e acompanhamento da qualidade dessa água”, explicou Luana Mesquita, bióloga responsável técnica pelo Laboratório de Controle de Qualidade da Água da Funasa de Roraima e ministrante do curso.

Segundo a técnica, a Funasa é uma mediadora do conhecimento, passando a capacitação para determinados soldados que servem como agentes multiplicadores do conhecimento adquirido dentro dos batalhões. “Todos os batalhões possuem poços, então a nossa preocupação é justamente transmitir os cuidados que eles devem ter com a manutenção desses poços, como tratar a água, quais produtos devem ser utilizados e quais os equipamentos de proteção adequados”, explicou.

O curso visa o atendimento da portaria Nº 2914/11, do Ministério da Saúde, que trata da qualidade da água. “A qualidade de vida nos pelotões melhorou muito depois dessa parceria com a Funasa, recebemos muito feedback positivo dos militares e podemos constatar isso também nas nossas visitas técnicas em campo”, afirmou Luana. Após o curso, cada batalhão cria um sistema próprio para o tratamento da água baseado nos conhecimentos técnicos adquiridos.

Segundo a técnica, antes das capacitações, os militares realizavam o tratamento da água com equipamentos de custo muito elevado e de difícil manutenção, ficando muitas vezes sem conseguir tratar. “Os militares relatam que às vezes preferiam tomar água da chuva do que do poço, pois não confiavam na qualidade. Agora eles mesmos montam e fazem o acompanhamento dos equipamentos, em um custo muito mais baixo e com manutenção feita também por eles”, explicou.

Durante a capacitação, os militares aprendem como montar e utilizar o equipamento de tratamento de água e também a fazer a coleta para as análises periódicas. São realizadas análises nos poços uma vez por mês e diariamente é feita a medida do cloro residual da água. Os materiais coletados são enviados ao laboratório da Funasa para análise. (R.D.)

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