ACORDO DE IMPORTAÇÃO

Fornecimento de energia da Venezuela para Roraima não tem previsão, diz ONS

O diretor-geral ainda informou que as datas para os testes fundamentais venceram

Fornecimento de energia da Venezuela para Roraima não tem previsão, diz ONS Fornecimento de energia da Venezuela para Roraima não tem previsão, diz ONS Fornecimento de energia da Venezuela para Roraima não tem previsão, diz ONS Fornecimento de energia da Venezuela para Roraima não tem previsão, diz ONS
Roraima ainda espera pela conclusão do linhão de transmissão Manaus-Boa Vista, cujas obras ficaram paradas por mais de uma década à espera de licenciamento ambiental. Foto: Arquivo FolhaBV
Roraima ainda espera pela conclusão do linhão de transmissão Manaus-Boa Vista, cujas obras ficaram paradas por mais de uma década à espera de licenciamento ambiental. Foto: Arquivo FolhaBV

Roraima não tem previsão de receber o fornecimento de energia da Venezuela. A informação foi dada pelo diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, junto à apuração do jornal Folha de São Paulo. O estado tem um acordo de importação de energia limpa do país vizinho, que foi retomado ano passado.

O motivo, conforme o jornal, é que os empreendedores autorizados a operar na importação ainda não fizeram um teste pré-requisito de 96 horas ininterruptas na linha de transmissão entre Brasil e Venezuela. De acordo com o diretor, esse procedimento é padrão e garante a capacidade do país em fornecer energia à Roraima.

“Eles têm que fazer um teste de 96 horas contínuas e não conseguiram ainda fazer esse teste. Já passamos essa condição ao empreendedor. As datas para esses testes já venceram algumas vezes”, afirmou Ciocchi.

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A operação seria realizada pela comercializadora de energia Âmbar, pertencente ao grupo J&F, que negociou diretamente com a Venezuela a compra da energia da hidrelétrica de Guri.

Retorno do fornecimento

No ano passado, o Governo Federal brasileiro retomou o acordo de conexão elétrica com a Venezuela com abastecimento para Roraima. O acordo foi interrompido em 2019, pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e piora nas relações bilaterais entre os dois países.

Em outubro de 2023, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que o fornecimento aconteceria em 30 dias e que os testes aconteceriam em novembro. Em dezembro, um novo anúncio comunicou que a partir de janeiro deste ano, Roraima já seria abastecida com energia da Venezuela, o que não aconteceu.

Preço da energia

A integração entre os países é vista como importante do ponto de vista do setor elétrico, disse o diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi. (Foto: reprodução)

O acordo foi retomado para redução dos custos na geração de energia em Roraima, que é o único estado fora do Sistema Nacional Interligado (SIN) e é abastecido por termelétricas a óleo diesel e óleo combustível.

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À Folha de São Paulo o Ministério de Minas e Energia afirmou que “se mantém mobilizado para receber energia limpa e renovável da Venezuela”. “A pasta entende que é essencial que se tenha custo mais baixo do que o praticado no sistema isolado de Roraima, que ainda conta com geração a partir de combustíveis fósseis”, disse, em nota.

A integração entre os países é vista como importante do ponto de vista do setor elétrico, disse o diretor-geral do ONS, uma vez que reforça a segurança do fornecimento de energia enquanto Roraima não é integrada ao SIN. “Tendo a usina e uma linha confiável é algo excelente porque a Venezuela tem um grande potencial hidrelétrico”, disse Ciocchi.

Roraima espera pela conclusão do linhão de transmissão Manaus-Boa Vista, cujas obras ficaram paradas por mais de uma década à espera de licenciamento ambiental.

*Com informações da Folha de São Paulo

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