Roraima deverá ser o primeiro a receber as tropas das Forças Armadas para realizar vistorias no sistema prisional, principalmente na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), onde ocorreu o massacre de 33 presos no início do ano. Conforme prazo estabelecido pelo Ministério da Defesa, os primeiros mil homens do Exército, Marinha e Aeronáutica estarão prontos para iniciar os trabalhos na semana que vem. O trabalho principal será o uso de detector de metais nas celas e na área administrativa.
O Exército em Roraima informou que ainda não há definições maiores de como será realizada a atuação. Por questões de segurança, os detalhes das operações estão sendo mantidos sob total sigilo. Apesar de pronto, o planejamento coordenado pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas está em fase final de revisão e adaptação. Além de Roraima, os estados do Amazonas, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Rio Grande do Norte também pediram ajuda na varredura das celas.
Nos presídios, o trabalho das Forças Armadas terá como base as operações do mesmo tipo, feitas pelo Exército em Pernambuco, em março de 2015, e no Amazonas. Durante a ação, equipamentos foram usados para rastrear bombas, minas terrestres e metais. Outros instrumentos mais sofisticados que foram empregados nas Olimpíadas e na Copa do Mundo também serão usados nas unidades prisionais, incluindo os que detectam armas dentro de paredes e enterrados no chão.
RESTRIÇÃO – No momento, a maior restrição quanto à atuação das Forças é em relação à entrada em locais como a Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte. O Ministério da Defesa informou que os militares não vão entrar em presídios que estejam na mesma situação que Alcaçuz. As Forças Armadas também não terão contato com os presidiários.
SEJUC – A Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc) informou que irá encaminhar à Folha, hoje, 27, um posicionamento do Estado em relação à vinda das Tropas Armadas. (A.G.G)