Uma história que iniciou no estado do Maranhão e pode ter seu desfecho em Roraima com mais de 20 anos depois. Às vésperas do Dia das Mães, a microempresária Josiane Silva procurou a Folha para pedir ajuda: quer encontrar a mãe biológica, que acredita morar em Boa Vista. Hoje, aos 28 anos de idade, Josiane reside em Porto Velho (RO) e possui poucas informações. “Sei que o nome dela é Marinalva, nascida na Quadra 4 em Nova Olinda [MA] e morava em Roraima em um bairro chamado Pintolândia”, contou.
Josiane, na verdade, nasceu no Maranhão como “Suane”, nome dado pela mãe biológica há 28 anos. Por conta das dificuldades financeiras da família, a microempresária foi dada para adoção. Ela conheceu parte da história ao visitar a cidade natal no início do ano passado. “Soube um pouco da minha história quando completei nove anos de idade. Minha mãe [adotiva] me contou tudo o que havia acontecido, mas já estávamos morando em Rondônia na época. Eu sempre tive muita curiosidade de saber quem eram os meus familiares, principalmente a minha mãe, mas não tinha condições financeiras de voltar ao Maranhão. Depois de adulta, quando consegui montar meu salão e juntar um ‘dinheirinho’, fui atrás do meu passado, mesmo com muita dificuldade”, relatou.
Uma das primeiras pessoas que Josiane conheceu foi o avô materno, em uma cidade do interior maranhense. “Meu avô e minha avó se separaram há muito tempo. Conheci ele e depois fui atrás dos meus tios, minha avó e o restante da família. Me contaram a minha história e tudo batia com o que a minha mãe me contou quando eu era criança: minha avó obrigou minha mãe a me doar, porque éramos muito pobres. Minha mãe sofreu muito, não aceitou e foi embora, fugindo para Roraima”, prosseguiu.
Como não conseguiu conhecer a mãe, Josiane retornou a Rondônia. Pouco tempo depois, começou a procurar formas de promover o reencontro. Foi quando preparou um texto e compartilhou, junto com informações e fotos, nas redes sociais e em aplicativos de mensagem. Algumas pessoas se sensibilizaram com a história e chegaram a oportunizar entrevistas em rádios, mas de nada adiantou até o momento.
“A única coisa que descobri com meus familiares é que minha mãe estava morando em um bairro chamado Pintolândia, mas que depois havia se mudado. Ninguém mais sabia dela. Compartilhei fotos dos meus avós, contei a história, mas até agora nada aconteceu. Ela não apareceu e eu já estava quase desistindo”, desabafou a filha.
Quando indagada sobre qual presente gostaria de dar para sua mãe, caso a encontrasse, Josiane sem conter a emoção, disse: um abraço. “Eu queria olhar para ela, conversar, abraçar. Caso tivesse alguma notícia, daria um jeito de ir a Roraima. É difícil, ainda vivo com muito sufoco, com o pequeno salão sustento meus filhos, mas tentaria de alguma forma. Sei que não foi culpa dela e sei a situação. Eu só queria conhecê-la, talvez até tentar ajudar também dependendo da situação que ela se encontre hoje. Não tenho muito, mas faria o possível para ajudar”, garantiu.
Qualquer informação que possa ajudar Josiane a encontrar sua mãe Marinalva pode ser enviada para o telefone (69) 99313-7017. (C.C)