SAÚDE PÚBLICA

Filha de idoso diabético diz que pai pode perder o pé por demora em hospital

Paciente está internado em um leito ainda sob gestão da Sesau. Pasta esclareceu que aguarda a chegada dos insumos para os exames

Seu José Ribamar Silva exibe o pé direito (1)
Seu José Ribamar Silva exibe o pé direito com risco de ser amputado (Foto: Arquivo pessoal)

Diabético há 16 anos, José Ribamar Silva, 75, espera há quase um mês para marcar exames de cateterismo e arteriografia no Hospital das Clínicas, que está em fase final de transição para virar Hospital Universitário de Roraima.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE



Ele está internado em um leito ainda sob gestão da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau). Segundo a filha Mara Soares Silva, 37, essa demora para seguir o tratamento da diabetes avançada do pai, então, pode causar a amputação do pé direito do idoso.

“Ele vai ter que tirar três dedos por conta da demora e corre o risco de perder o pé se não fizer os exames antes”, alertou a auxiliar de vendas.

No dia 11 de junho, José Ribamar procurou o Pronto Atendimento Cosme e Silva, em Boa Vista, após sentir febre e dores no pé.

Seu José Ribamar Silva exibe o pé direito
Seu José Ribamar Silva exibe o pé direito (Foto: Arquivo pessoal)

A unidade, então, constatou que o paciente, também é hipertenso, apresentava uma infecção em dois dedos do pé direito há pelo menos cinco dias.

Assim, o pronto atendimento enviou o pai de Mara Soares para tratamento e possível avaliação especializada no Hospital Universitário, onde ele foi internado no dia seguinte.

“Lá, não adianta mais falar com ninguém, porque a gente fala com todo mundo e a única resposta que recebemos para não fazer o cateterismo e arteriografia é de que não tem material”, relatou.

O que diz o hospital

O Hospital das Clínicas em transição para Hospital Universitário
O Hospital das Clínicas em transição para Hospital Universitário (Foto: Sesau)

O Hospital Universitário confirmou que o leito que atende José Ribamar Silva é de responsabilidade da Sesau.

Assim, esclareceu que a gestão da unidade ainda está em transição para a responsabilidade da Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), e que esse processo termina em agosto.

“Atualmente, o HU-UFRR/Ebserh é responsável pela Unidade de Retaguarda Hospitalar dos Povos Indígenas, com 36 leitos, 22 leitos no Bloco 1A e 15 leitos no Bloco 1B”, destacou.

O que diz a Sesau

A Sesau esclareceu que aguarda a chegada dos insumos que comprou para a realização de exames da dinâmica do coração.

“No momento, os itens estão em deslocamento. Quando o material chegar a Roraima, os procedimentos serão realizados”, garantiu.

Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.