Cotidiano

Feirantes dizem não ter recebido orientações e EPIs

São os próprios feirantes que vem adquirindo os EPIs para trabalhar

O movimento nas feiras estaduais continua consideravelmente normal, apesar das recomendações das autoridades de saúde, quando dizem que se deve evitar aglomerações.  Mas a prevenção tem sido levada à risca por quem frequenta esses locais, pois, durante a ida da reportagem as feiras do Produtor e do Passarão, se percebeu que praticamente todos os consumidores estavam usando máscaras.

A funcionária pública Maria Oliveira, que veio da Vila São Silvestre, se mostra preocupada com sua saúde e diz ter tomado precauções durante a ida a feira.

“A gente se protege usando as máscaras, tomando outras medidas necessárias para que a nossa saúde e das outras pessoas também seja preservada. Eu percebi que a maioria das pessoas, tanto quem trabalha, quanto tem transita, está tomando a devida precaução”, disse Maria.

FEIRANTES – Os trabalhadores das feiras do Produtor, no bairro São Vicente, e do Passarão, no Caimbé, relataram à Folha que a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) não deu orientações e nem distribuiu Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os comerciantes desses locais.

Sem se identificar, alguns deles afirmam não terem visto ações informativas em relação as atividades durante o período da quarentena. Eles também dizem que são os próprios feirantes que vem adquirindo os EPIs para trabalhar.

OUTRO LADO – A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), por meio de nota, informou que, como medida extrema de contenção da contaminação do coronavírus (Covid-19), e em conformidade com o Decreto Governamental N° 28.636-E de 22 de março de 2020, monitora a situação das feiras do Produtor Rural e do Passarão. O novo horário de funcionamento das feiras também já sendo cumprido, agora, elas funcionam das 06h às 14h.

A Seapa esclareceu que, por medida de segurança, é orientado para que as pessoas mantenham sempre uma distância mínima de dois metros, e limitem a quantidade de produtos aos clientes, a fim de se evitar a escassez. Além disso, os atendimentos dos restaurantes e lanchonetes, que existem dentro das feiras, ficarão suspensos,

ressalvados os que possuem serviços de delivery. E as lojas que vendiam produtos que não estavam relacionados ao hortifruticultura foram fechadas.

A Seapa informou ainda que as feiras realizam serviço essencial à população, ao oferecer produtos alimentícios, além de ser momento que os feirantes escoam suas produções, girando e oportunizando aos pequenos produtores uma renda mínima de subsistência.

A instituição enfatizou também ainda que não é de sua responsabilidade o fornecimento de equipamentos de proteção aos feirantes, pois são estes funcionam como negócios independentes. Aos servidores da Seapa que atuam na Feira do Produtor foram distribuídas máscaras de proteção individual.

Aos servidores da Seapa que atuam na Feira do Produtor foram distribuídas máscaras de proteção individual. Informa ainda que a Feira do Produtor Rural passou por limpeza e higienização sanitária no dia 18 de abril, uma ação conjunta com a Sesau (Secretaria de Saude) onde foram distribuídos material impresso de combate e proteção ao Coronavírus.