Cotidiano

Fechamento da fronteira fez cair procura por dólar em casas de câmbio

Com a fronteira entre o Brasil e a Venezuela fechada para turistas, compra e venda da moeda americana ficou estagnada mesmo com o período de férias

Fechamento da fronteira fez cair procura por dólar em casas de câmbio Fechamento da fronteira fez cair procura por dólar em casas de câmbio Fechamento da fronteira fez cair procura por dólar em casas de câmbio Fechamento da fronteira fez cair procura por dólar em casas de câmbio

Desde o início da semana retrasada, a procura pelo dólar americano nas casas de câmbio de Boa Vista vem caindo. O fechamento da fronteira entre o Brasil e a Venezuela, impulsionado pela crise econômica e financeira no país vizinho, que faz fronteira com o Brasil ao Norte de Roraima, tem sido o principal motivo para a queda.

Com o início do período de férias de fim de ano, as casas de câmbio da Capital têm sentido os efeitos negativos da baixa procura, o que tem gerado prejuízos. Os venezuelanos são os que mais fazem o câmbio, mas com a impossibilidade de passarem pela fronteira com o Brasil, a demanda tem ficado cada vez mais escassa.

O técnico em vendas de uma casa de câmbio no Centro, Pablo Chacon, confirmou à Folha a queda na compra do dólar. “No momento, a procura por dólar deu uma caída por conta do fechamento da fronteira do Brasil com a Venezuela.  Nem para comprar e nem para vender. Antes, quando a fronteira estava normalizada, a procura era alta”, disse.

A cotação atual do dólar comercial gira em torno de R$ 3,33. Preço bem abaixo do cobrado nas casas de câmbio da Capital. Em uma delas, o dólar é vendido a R$ 3,60, fora o Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros (IOF), que é de 0,38%.

Apesar da instabilidade na compra e venda da moeda americana no Estado, o técnico em vendas afirmou que o balanço do ano foi positivo nas casas de câmbio. “Em fevereiro não tínhamos dólar na loja, o que entrava vendia e no decorrer do ano estávamos com muito dólar e pouco real. Quando chegou o final do ano, começamos a vender e ficamos quase sem dólar e real, mas com o fechamento da fronteira normalizou”, explicou.

Ele afirmou que, quem se planejou para viagens internacionais, conseguiu encontrar o dólar mais em conta. “Algumas pessoas compram muito antes, porque como chega período próximo das férias a tendência é aumentar e quem viaja no final de ano compra aos poucos durante o ano. Geralmente que viaja esse período se planeja para comprar antes”, disse.

CÂMBIO – Cada pessoa pode trocar até R$ 19 mil por mês. O câmbio é a operação de troca de moeda de um país pela moeda de outro país. Por exemplo, quando um turista brasileiro vai viajar para o exterior e precisa de moeda estrangeira, o agente autorizado pelo Banco Central a operar no mercado recebe do turista brasileiro a moeda nacional e lhe entrega (vende) a moeda estrangeira.

Já quando um turista estrangeiro quer converter moeda estrangeira em reais, o agente autorizado a operar no mercado de câmbio compra a moeda estrangeira do turista estrangeiro, entregando-lhe os reais correspondentes.

No Brasil, o mercado de câmbio é o ambiente onde se realizam as operações entre os agentes autorizados pelo Banco Central, e entre estes e seus clientes, diretamente ou por meio de seus correspondentes. O mercado de câmbio é regulamentado e fiscalizado pelo Banco Central. Mas à margem da lei, funciona um segmento denominado mercado paralelo, que é a posse de moeda estrangeira oriunda de atividades ilícitas. (L.G.C)

Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.