A família da idosa Maria Elvina Francelino de Magalhães, de 71 anos, realiza neste domingo (28) uma feijoada beneficente para arrecadar recursos e custear despesas relacionadas ao Tratamento Fora de Domicílio (TFD). Internada no Hospital Geral de Roraima (HGR) desde 7 de novembro, ela foi diagnosticada com dissecção de aorta, uma condição grave.
De acordo com o laudo médico, o procedimento não é realizado na rede estadual por falta de materiais específicos, como cateteres e fios guia. O pedido de TFD foi deferido com urgência, com indicação de transporte por UTI aérea, mas até o momento não há previsão de transferência.
“Não sabíamos de nada, foi uma surpresa para todos nós. Minha vó é de Mucajaí, tinha vindo para Boa Vista resolver coisas pessoais e estava dormindo na casa do meu primo quando sentiu uma dor muito forte. Ligaram para o Samu e, desde esse dia, ela não saiu mais do hospital. O médico nos comunicou que, para ela sair de lá, agora só se for para fazer a cirurgia, pois o caso é grave e de emergência”, relatou a neta, Janaira Magalhães, sobre quando a avó foi internada.
A família acompanha o andamento do processo pelo sistema do Ministério da Saúde e relata frustração devido a demora de disponibilidade de estado para o procedimento e falta de recursos. Segundo Janaira, a impossibilidade de custear o deslocamento até outra unidade de saúde agravou o sentimento de impotência da família.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
“A viagem dela, segundo o médico que solicitou o TFD, tem que ser de UTI aérea. A gente perdeu uma consulta porque não temos condições financeiras de levar ela. Mesmo se fosse transporte terrestre, ainda assim não temos como custear. Isso deixou a gente muito aflito e triste”, disse.
Diante da incerteza e dos custos diários da internação, os familiares decidiram organizar a feijoada beneficente como forma de garantir medicamentos, alimentação adequada e outras necessidades, além de juntar recursos para uma eventual viagem.
“Nossa meta é arrecadar recursos para ajudar a custear todos os cuidados e despesas nesse momento delicado. O dinheiro será para medicamentos, alimentação adequada e para nos ajudar a juntar recursos até o momento da viagem. Se surgir outra possibilidade de consulta e o Estado não levar, com autorização médica nós vamos tentar levar por conta própria, porque a única escolha que temos é levar ela até onde fazem a cirurgia”, afirmou Janaira.
A feijoada será realizada neste domingo (28), a partir das 11h, na rua Sabá Cunha, nº 1422, bairro Cauamé. As encomendas podem ser feitas pelo telefone da neta, Janaira: (95) 99135-4635.
