Cotidiano

Família denuncia falta de material para cirurgia de paciente do HGR

O pintor Francisco de Assis de 42 anos espera há quase um mês a realização de uma cirurgia, considerada urgente para o caso dele, pois após um acidente de motocicleta que sofreu em 15 de novembro passado ficou com uma fratura na coluna e ficou sem andar. A denúncia foi feita à Folha pela esposa do paciente, Nádia Macuxi.

Segundo ela, depois de se submeter aos exames de ressonância e tomografia o diagnóstico do médico foi para que o esposo dela fosse submetido a uma cirurgia de artrose de coluna torácica. No entanto, apesar da indicação para cirurgia, Francisco continua internado no Hospital Geral de Roraima (HGR) sem o procedimento porque a unidade de saúde não possui o material necessário para a cirurgia.

A esposa do paciente disse que resolveu denunciar depois que foi informado que somente no dia 15 de dezembro é que terá uma reunião para decidir caso, uma vez que além de Francisco, mais três pacientes aguardam procedimentos cirúrgicos por falta de material.

“O mais nos preocupa é o fato de ele estar correndo o risco do quadro dele se agravar cada vez mais. As chances para voltar a andar já são poucas, caso demore ainda mais a situação só tende a piorar”, lamenta a esposa de Francisco.

Ela comenta ainda que o marido tem questionado todos os dias a demora para fazer a cirurgia. Ele pode entrar até para um quadro de depressão numa situação como esta! A gente pode aguardar, mas o paciente não. Nós reclamamos e denunciamos. E os pacientes e acompanhantes que não conseguem informações e ficam calados? São os mais prejudicados”, analisa.

OUTRO LADO
O governo do estado informou que “o material para cirurgias eletivas está sendo adquirido pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesau)” e que “a solicitação foi feita à empresa vencedora em caráter de urgência”.

O governo alegou que houve crescimento na demanda deste ano em relação ao ano passado e que por essa razão houve a falta de material. “A Sesau esclarece que realiza os pedidos anualmente e a demanda deste ano dobrou em relação a 2014, fazendo assim com que ocorresse essa falta no último mês do ano”, explicou.

“Por fim, o HGR ressalta que a entrada de acompanhante, em alguns casos mais de um, faz parte do processo de humanização do atendimento que vem sendo desenvolvido em todas as unidades de saúde do Estado”, concluiu.

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