Cotidiano

Família de criança morta em GO pede ajuda para translado do corpo para RR

O menino Antônio Jorge, de 9 anos, foi assassinado no final de semana em Goiânia

A família do garoto Antônio Jorge Ferreira da Silva, de nove anos, assassinado em Goiás supostamente pela mãe e pelo padrasto, busca ajuda para trazer o corpo da criança para Boa Vista, sua cidade natal. O eletricista Claudemilton Ferreira, pai do menino, utilizou as redes sociais para fazer o apelo.

“Amigos e colegas, estou aqui neste momento mais difícil de minha vida. Como todos estão sabendo, meu filho foi cruelmente assassinado pela própria mãe juntamente com outro monstro. Quero o corpo do meu filho aqui comigo. Me ajudem”, relatou por meio do Facebook.

Ele pediu o máximo de ajuda possível para trazer o corpo do filho para sepultamento. “Hoje sou eu que estou sofrendo com a perda de meu filho querido. Estou buscando o máximo de ajuda possível para trazer o corpo de meu filho, que hoje está em Goiânia, pra Boa Vista. A dor é grande e a perda é para sempre”, escreveu.

À Folha, Claudemilton disse que ficou sabendo da morte do filho pela internet. “Eu vi por meio de uma notícia. A sobrinha da mãe dele me ligou de Manaus avisando o que tinha acontecido. Ele estava morando com a mãe. Ela foi a trabalho para lá, mas ele não estava diretamente com ela e sim com a avó”, disse.

A tia do garoto, Maria Ferreira, relatou que não esperava que a ex-cunhada pudesse assassinar o próprio filho. “Não esperávamos que ela pudesse fazer isso com o próprio filho, porque na nossa frente ela sempre foi uma mãe amorosa. Ela foi para Goiás depois que meu irmão foi para lá com a outra família dele”, contou.

Segundo Maria, o irmão chegou a conversar na quarta-feira da semana passada com o filho, e ele pediu para morar com o pai. “Ele falou com o filho, que disse chorando que queria morar com o pai, mas ela [mãe] não deixava ele morar com meu irmão”, afirmou.

A tia contou que o menino nunca reclamou de maus tratos e disse não saber os motivos que possam ter levado ao crime. “Ele só dizia que estava com saudade do pai. Não imagino o que possa ter levado, mas acho que se for juntar tudo, eu acho que ela gostava do meu irmão e foi atrás dele”, declarou.

Maria disse que espera por justiça. “Queremos justiça, que eles paguem pelo que fizeram, pois era uma criança inteligente, boa e carinhosa com todo mundo. A gente se pergunta por que ela não quis deixar o menino com o pai”, frisou.

Ela informou que qualquer quantia em dinheiro servirá para ajudar no translado do corpo da criança. “Queremos velar ele aqui. Cobraram em torno de R$ 3.200,00 para trazer até o aeroporto, fora os gastos com a funerária”, explicou. Quem puder ajudar pode entrar em contato pelos telefones 99154-5210, 99144-2008 ou 99146-1251.

O CASO – A mãe da criança, de 27 anos, e o namorado, de 20 anos, são os principais suspeitos da morte de Antônio Jorge. O padrasto teria enforcado o garoto e colocado o corpo em uma caixa de papelão e o jogado em uma mata.

De acordo com a polícia, o casal deve ser processado por infanticídio, falsa comunicação de crime e ocultação de cadáver. “Ela [a mãe] queria que eu [o padrasto] desse um jeito, porque estava cansada dele”, disse o suspeito, durante depoimento ao delegado Valdemir Pereira da Silva, titular da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Goiás. (L.G.C)

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