Cotidiano

Fabricante de carrocerias enfrenta desafio para atrair clientes do Norte

O dono da indústria decidiu investir na linha artesanal e customizada para despertar interesse de novos clientes

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Hoje, ele é dono da indústria de carrocerias Excelente. Mas, o empresário Altemar Soares Nascimento, 36, começou fabricando portas, aos 14, para ajudar na renda familiar. O ofício virou paixão e, agora, o empreendedor trabalha para projetar sua empresa na Região Norte.

A indústria conta com seis funcionários e é focada na produção de carrocerias de madeira e ferro para veículos, caminhões e carretas. Mas não foi sempre assim. Há dez anos, quando a empresa foi criada, só trabalhava com a madeira.

A mudança surgiu após a percepção de que clientes esperavam muito tempo por carrocerias encomendadas no sul do país. A empresa se especializou, tanto que, atualmente, as peças mais vendidas são as carrocerias do tipo baú. Elas podem ser frigoríficas e térmicas. Faz-se também carrocerias para cargas secas, ‘boiadeiras’ para transporte de animais, e até manutenção.

O empresário afirma que a utilização do ferro garante um produto mais seguro, mais leve e com maior durabilidade. Outro ponto é a produção ecologicamente correta. “Com o ferro, não se tem que desmatar. Não precisa prejudicar o meio ambiente”, ressalta.

A utilização do ferro teve outro ponto positivo: a vinda de clientes da região Norte. “Hoje nossa clientela é formada na maioria por transportadoras, distribuidoras e pecuaristas. Temos clientes no Amazonas, na Guiana e na Venezuela. Podemos dizer que 15% a 20% das nossas vendas são para o Amazonas”, afirmou Altemar.

DIFICULDADES – Mesmo com clientes da Região Norte, o empresário afirma que ainda enfrenta dificuldades com pessoas que têm preconceito contra fábricas pequenas. Outros pensam que pelo produto ser de Roraima é de alguma forma inferior.

“Alguns clientes, empresários, duvidam do produto local. Acham que o de fora é o melhor. Preferem pagar mais caro por causa disso. E quando o produto chega, é a gente que dá manutenção”, comentou Altemar.

O empresário alega que outra dificuldade enfrentada pela indústria é a distância de Roraima em relação aos grandes centros. É que a maior parte da matéria-prima usada nas carrocerias é importada. Aí, as despesas com transporte oneram o preço final do produto roraimense.

“Até chegar o nosso material, com frete e tudo, fica um preço mais elevado. Nossa mão de obra também é um pouco mais cara que a de lá. Temos empresários fiéis, que valorizam a gente. Pagam um pouco mais, mas tem a recompensa com a qualidade do nosso produto”, explica Altemar.

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