Cotidiano

Estudos de medição potencial começam nesta semana em Normandia e Bonfim

Duas torres de medição anemométricas devem ser instaladas ainda esta semana nos municípios; Governo tem R$ 500 mil disponíveis para a implantação

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Estudos de medição potencial para implantação de parques eólicos em Roraima serão realizados nos municípios de Normandia, a cerca de 190 quilômetros da capital, e Bonfim, a cerca de 125 quilômetros, ambos na região Leste, pela empresa Wind Tower, contratada pelo Instituto de Amparo à Ciência, Tecnologia e Inovação (Iacti). Duas torres de medição anemométricas devem ser instaladas ainda esta semana nos municípios. O Governo do Estado dispõe de R$ 500 mil para a implantação das torres.

O diretor presidente do Iacti, Marcelo Nunes, explicou que o interesse nos parques eólicos ocorreu por meio de uma articulação da governadora Suely Campos (PP) junto a um grupo de coreanos que já esteve no Estado. Apesar do interesse do grupo em investir em habitação, saúde, educação e geração de energia, o estudo não será específico aos coreanos, “mas para qualquer grupo de empresários que queiram investir no Estado”.

Segundo o diretor da Wind Tower, Aislan Theisen, os estudos de medições realizados durante os próximos três anos vão definir o aerogerador que pode ser instalado na região, tendo em vista que existem diversas classes de vento. Com os resultados em mãos, o Governo do Estado poderá acionar grupos empresariais que queiram investir na matriz eólica. Theisen frisou que as torres que serão implantadas são para estudo e não vão gerar energia.

Em relação à escolha dos municípios, o diretor da Wind Tower informou que as questões geográficas revelam que as áreas têm um bom potencial eólico. “A torre é o primeiro passo na direção dessa diversificação da matriz energética. Se o Governo pensa em colocar um parque, a instalação das torres de medição é o ponto fundamental”, esclareceu Theisen. Os estudos de cada torre são válidos por um raio de quase dez quilômetros.

Theisen acrescentou que os dados a serem levantados também serão utilizados para um possível financiamento. “Tenho que fornecer as informações para que as empresas interessadas comprovem ao banco que o empreendimento vai ser rentável e que vai ser possível colocar o parque de pé”, relatou. Apesar da localização já ter sido definida, ele informou que nada impede que sejam colocadas outras torres em outros pontos do Estado, caso seja realmente necessário.

De acordo com Nunes, apesar de o Governo ter R$ 500 mil disponíveis, de recursos próprios, para a implantação das duas torres, o parque eólico se trata de um investimento maior. Atualmente, um aerogerador montado, com capacidade de 2,5 megawatts, está na faixa de R$ 8 milhões. Em comparação, a Usina Hidrelétrica de Jatapu, localizada no município de Caroebe, a cerca de 355 quilômetros da capital, região Sudeste, gera no máximo 10 megawatts. “Com quatro aerogeradores, nós teríamos uma condição igual a da hidrelétrica”, explicou.

Theisen declarou que a capacidade de uma geração eólica é muito boa, dependendo do potencial que houver no local. Em outros Estados de bom potencial, um aerogerador atende cerca de três mil casas. Além disso, após os estudos, o tempo de instalação de um parque é mais rápido do que a construção de uma hidrelétrica. “Vale salientar que é uma energia complementar. Nunca vai ter a matriz formada 100% de energia eólica, em razão dos ciclos de ventos”, concluiu. (A.G.G)

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