A Associação Beneficente ao Portador de Câncer (ABPC-RR), que há 16 anos oferece acompanhamento em consultas e abrigo a pacientes de câncer que vêm do interior, recebeu no dia 21 uma ação social promovida pelo grupo Telefônica Vivo, na sede da entidade, na Rua Francisco Inácio de Souza, 1687, bairro Tancredo Neves, zona Oeste. A Organização Não Governamental (Ong) tem 800 pacientes cadastrados e vive unicamente de doações, mas tem poucos parceiros.
Durante todo o dia, 30 voluntários da empresa brincaram com 30 crianças filhas de associados, trouxeram almoço e doações de 15 outros parceiros conseguidos pela Vivo. Foram entregues eletrodomésticos, materiais para jardim, cadeiras, mesa, jogo de cama e colchões, além de doações em dinheiro. A ideia partiu de uma ação da sede estrangeira da organização, que uma vez por ano mobiliza voluntários em todo o mundo para ajudar ONGs locais, somando 40 mil pessoas beneficiadas neste ano.
A gerente geral da loja de Boa Vista e líder do voluntariado, Mariana Lucas, diz que a Associação Beneficente ao Portador de Câncer foi escolhida por estar com a documentação em dia e por ter poucos apoiadores. “Estamos há pelo menos quatro meses trabalhando com ela, fazendo a captação de recursos por meio de ofícios, visita a algumas empresas, telefonemas a conhecidos e parceiros explicando como funciona o projeto.
Fazemos um plano de ação junto com a Associação para sabermos as suas necessidades e ainda ficaremos mais um mês com ela, pois ainda faltam doações”, explica.
Contando com apenas três parceiros oficiais, a responsável pela ABCP-RR, Francinete Alves, estava muito feliz com a ajuda. Os voluntários da Associação hospedam doentes com câncer e os acompanham nas suas consultas, internações e marcação de exames. Atividades que a própria Francinete Alves precisou quando esteve com o mal, há 18 anos. “Eu descobri a doença, mas não tinha tratamento oncológico aqui. Fui para Manaus-AM e lá passei necessidade, até fome”, relata.
De volta à Boa Vista, a mulher teve melhora nas suas condições financeiras. Foi quando notou que o terreno que tinha do lado da sua casa já construída poderia ser utilizado para algo altruísta: fazer com os outros o que gostaria que tivessem feito consigo mesma. Desde então, há 16 anos a ABCP-RR funciona ao lado de sua casa, durante todos os dias da semana, mas precisando de doações para oferecer boas condições de abrigo para os pacientes auxiliados.
Animada, a mulher explica que mesmo quando o portão estiver fechado, o grupo está disponível para visitas. “É porque o pessoal fica mais no quintal. Mas não tem problema, pois, além disso, eu moro aqui do lado”, disse. Francinete Alves aproveita para convidar os leitores para conhecer a ABCP-RR: “Nosso convite está de pé para quem quiser vir aqui nos conhecer e nos ajudar, ou para quem quiser ser voluntário”, diz. (NW)