Em Rorainópolis, Sul do Estado, enfermeiros que trabalham no Hospital Otomar de Souza Pinto entraram em greve nesta segunda-feira, 5.
De acordo com os profissioais, entre as reivindicações ainda não atendidas restam o fim do “improviso” no ambiente de trabalho, progressão salarial, enquadramento da categoria, efetivação dos novos concursados, recebimento de vale alimentação, entre outras situações.
Segundo Ilzete Adriana Cardozo Sales, que faz parte do Sindicato dos Profissionais de enfermagem de Roraima (Sindipre), ao chegar ao hospital, pela manhã, os profissionais foram coagidos pela direção do centro de saúde a se retirarem do local e foram ameaçados.
“O que pedimos é tão somente o que é direito dos enfermeiros. Lutamos por melhorias de trabalho com o objetivo de beneficiar a população em geral com serviço de qualidade e estrutura. A situação atual é caótica. Por exemplo, médicos receitam soro para pacientes, mas nem isso tem – além de esparadrapos e diversos outros recursos básicos”, destacou a enfermeira.
Por meio de nota, a Sesau (Secretaria Estadual de Saúde) esclareceu: “nunca se avançou tanto em relação às condições de trabalho dos servidores da Saúde como nos dias atuais, considerando os investimentos na reestruturação física das unidades. A maior parte dos itens constantes na lista de reivindicações dos profissionais da área da enfermagem está em andamento”.
OUTRO LADO – Segundo a Sesau, “as principais unidades assistenciais da Capital e do Interior já receberam reparos importantes, proporcionando um melhor ambiente de trabalho para os servidores. Além disso, nesta gestão foram nomeados cerca de 700 novos servidores, sendo um quarto da área de enfermagem. Novas convocações são feitas rotineiramente, de acordo com a necessidade, dentro do limite financeiro orçamentário do Governo do Estado”.
Sobre os medicamentos e materiais nas unidades de saúde, a Sesau informou, “Rotineiramente são recebidas novas cargas de medicamentos e materiais diversos para atender às unidades, que também estão sendo reestruturadas e equipadas. Ocorre que a secretaria precisa adotar os trâmites previstos na Lei de Licitações, o que em alguns casos, pode retardar a aquisição ou entrega de algum material ou medicamento específico. A secretaria esclarece que vem reforçando as ações de planejamento, a fim de evitar o desabastecimento nas unidades”.
A Sesau destacou ainda: “existe um avanço sobre o pagamento das progressões e está sendo pago. A proposta é efetuar o retroativo de forma parcelada. Outra reivindicação, a GAE (Gratificação de Assistência Específica), está prevista no Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações dos Servidores Profissionais e Trabalhadores de Saúde do Estado de Roraima e está sendo repassada normalmente aos servidores que fazem jus ao adicional”, finalizou a nota.