Cotidiano

Enfermagem em greve faz carreata em direção a Assembleia Legislativa

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O Comando de Greve da classe da enfermagem convocou todos os profissionais adeptos do movimento para a carreata que será realizada hoje, 13, em direção a Assembleia Legislativa do Estado de Roraima (ALE-RR).

A programação começa às 7h, em frente ao Hospital Geral de Roraima (HGR), onde serão realizadas grafitagens e panfletagens. Segundo o presidente do Sindicato dos Profissionais da Enfermagem (Sindprer), Melquisedek Menezes, o objetivo é mostrar à população o motivo de a classe estar em greve e sensibilizar deputados estaduais.

Hoje, a classe de enfermagem tem aproximadamente 2.145 profissionais em todo o Estado, entre enfermeiros, técnicos e auxiliares, o que corresponde a cerca de 60% dos profissionais da saúde. Segundo Menezes, dos enfermeiros que estão de plantão, 30% ficam na unidade para que a população não seja desassistida, conforme lei, enquanto os outros 70% permanecem em frente à unidade de saúde a qual estão de plantão.

Melquisedek ressaltou a importância e sensibilidade que a profissão exige, uma vez que a enfermagem recebe o paciente e o entrega à família. De acordo com ele, a classe busca para a população uma condição digna de atendimento de saúde, já que quando não tem material ou qualquer insumo, a primeira profissão prejudicada é a enfermagem.

“Só queremos avisar à população de Roraima que temos respeito com eles, que a categoria permanece em greve, mas está deixando o quantitativo mínimo de 30% para dar assistência aos usuários que precisarem da unidade de saúde”, ressaltou o presidente do Sindprer.

Segundo ele, todos os municípios de Roraima estão em greve e até o momento, completando oito dias de greve ontem, o Governo não procurou os profissionais. A classe de enfermagem enfatizou o pedido de que a governadora Suely Campos (PP) entre em contato. “Queremos que ouça a categoria, para ela ver que os acordos feitos não foram cumpridos, estamos abertos a diálogos”, disse.

SESAU – A Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) esclareceu que, antes mesmo de qualquer indicativo de paralisação, a pasta já mantinha um diálogo aberto com os sindicatos e desde março, já realizou 12 reuniões de negociações com a classe. “A secretaria possui um fórum permanente de negociação com os trabalhadores da Saúde, por meio da Mesa de Negociação Permanente do Sistema Único de Saúde, que reúne mensalmente gestores, prestadores de serviços e sindicatos da área da saúde”, disse.

A nota informou que no mês de julho foram realizadas duas reuniões e diante do indicativo de paralisação, a Sesau se reuniu nos dias 18 e 19 de agosto, e novamente no dia 22 de agosto, com representantes da enfermagem a fim de trabalhar em uma proposta satisfatória para ambos os lados. “A Sesau se mantém aberta ao diálogo, ao ressaltar que a greve deve ser a última instância de uma negociação, ou seja, devem ser esgotadas todas as possibilidades de acordo, evitando prejuízos à população”, pontuou.

DESCONTO SALARIAL – Conforme relato do presidente do Sindprer, Melquisedek Menezes, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) descontou o equivalente mínimo de 12% no pagamento do mês de agosto, referente à frequência de julho, em razão da paralisação que ocorreu no dia 22 de agosto. “Recebemos agora no início de setembro o pagamento de agosto, mas que tem referência de julho. Então não tem porque descontarem de uma paralisação que ocorreu em agosto”, pontuou.

Segundo o presidente, o ato feito de maneira arbitrária foi uma tentativa de diminuir o movimento de greve. Para ele, o que está acontecendo é um assédio institucional, por meio da Sesau, com os trabalhadores da categoria, pelo desconto indevido e pela não obediência da lei de greve. Diversos profissionais foram prejudicados. “Falta de respeito com os profissionais, até os que não participaram da paralisação por férias foram prejudicados e receberam faltas”, disse.

SESAU – A Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) informou que conforme já havia sido anunciado pelo Governo do Estado, diante da crise econômica, é impossível conceder reajustes salariais para os servidores neste ano. “O Governo tem feito um enorme esforço para efetuar o pagamento dos servidores em dia, uma vez que a situação financeira de Roraima, assim como de todos os estados, é dramática, não havendo recurso para conceder aumentos”, disse.

O governo ainda se comprometeu a analisar o reajuste, considerando inclusive a possibilidade de um aumento compensatório nos próximos anos. “Os salários dos servidores serão creditados em conta até o dia 10 de setembro. Para garantir que os proventos dos servidores não sejam afetados, a Sefaz (Secretaria Estadual da Fazenda) restringiu o pagamento de todas as outras despesas, exceto o repasse do duodécimo aos demais poderes”, pontuou.

A nota diz ainda que para driblar a crise e honrar o pagamento integral dos proventos dos servidores, ao contrário de muitos estados brasileiros que estão parcelando salários, “o Poder Executivo vem implementando medidas fiscais na finalidade de assegurar uma execução orçamentária equilibrada”, concluiu. (A.G.G)

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