Cotidiano

Encontro debate onda migratória dos indígenas venezuelanos para o Brasil

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A Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais do Ministério Público Federal (6CCR/MPF) promoveu, na terça e quarta-feira dias 26 e 27, uma oficina de trabalho no Campus da Universidade Federal de Roraima (UFRR) para discutir a situação e os direitos dos indígenas venezuelanos que têm se deslocado para o Brasil em razão da crise em seu país natal.

A oficina de trabalho contou com o apoio do Instituto de Antropologia da Universidade Federal de Roraima (UFRR) e do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), conhecido como a Agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para Refugiados. O evento deposita especial atenção aos indígenas Warao, da região do Delta do Orinoco, que vivem uma onda migratória da Venezuela para o Brasil, tendo como principais destinos Boa Vista e Manaus (AM). O debate foi realizado no Auditório Alexandre Borges, no Campus Paricarana.

De acordo a pesquisadora Clara Martini da University of California /Berkeley o evento é um momento para se ampliar conhecimentos e trocar experiências de estudo e pesquisa que contribuam para os diálogos interculturais em curso entre agentes públicos e os imigrantes. “Esse é um momento especial para entender mais sobre o deslocamento dos indígenas venezuelanos para outras nações, principalmente os Warao, enriquecendo o diálogo intercultural entre os representantes públicos e os indígenas venezuelanos contribuindo para uma solução para a situação”, explicou.

O procurador regional da República no Ministério Público Federal, João Akira, acompanha desde o ano passado a crise migratória que já é responsável pelo deslocamento de mais de 70 mil venezuelanos para Roraima e Amazonas desde 2014. Um estudo antropológico foi apresentado às autoridades brasileiras para esclarecer características culturais dos Warao e a contextualização da crise enfrentada pela Venezuela que levou à onda migratória ao Brasil. Estima-se que existam em torno de 30 mil venezuelanos vivendo em Roraima e, desses, pouco mais de 16 mil são solicitantes de refúgio.

“Nós, do MPF, acompanhamos tudo de perto em relação à crise migratória com ênfase nos indígenas, realizamos estudo para esclarecer às autoridades brasileiras os motivos da imigração desses povos”, disse. (E.S)

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