Dezembro começou e, com ele, a época considerada mais lucrativa para o setor comercial. Em tempos de crise econômica, lojistas da Capital esperam que o Natal possa suprir a baixa demanda dos meses anteriores.
Apesar das poucas decorações e atrativos nas vitrines, a expectativa de empresários, gerentes e vendedores é a mesma: que o último mês do ano possa garantir mais vendas do que o esperado.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, empresário Edson Freitas, informou que alguns setores, como vestuário, calçado, atacado e alimentos, têm boas expectativas para o final do ano, diferente do setor da construção. De modo geral, o comércio roraimense ainda vai sair positivo em relação ao exercício de 2015. No primeiro semestre do ano, Roraima foi o único Estado que fechou no positivo.
O vendedor Marcel Lima disse que, apesar da crise, os empresários dão o melhor de si durante todo o ano para que as vendas aconteçam e acredita que a fidelidade dos clientes é concretizada dessa forma. No Natal, com o pagamento da 2ª parcela do 13º salário se aproximando, estima-se que pelo menos 60% da mercadoria sejam vendidos. “Temos esperança de boas vendas e acredito que outros lojistas tenham o mesmo pensamento”, disse.
Segundo Lima, o movimento da loja de vestuário melhorou há cerca de um mês, em um comparativo com os demais meses. Pela demanda do fim do ano, foram contratados cerca de cinco funcionários temporários que devem permanecer na loja até dia 1º de janeiro. Ainda que não use de atrativos na vitrine, o vendedor acredita que a estratégia já faz parte da cultura e não funciona tão bem atualmente.
Para o gerente Maycon Almeida, a expectativa é que o mês seja melhor do que foi outubro e novembro. “Nós, que trabalhamos com o comércio, percebemos que diminuiu o fluxo de pessoas entrando nas lojas. A gente se preocupa”, frisou. Ele ressaltou que, apesar do salário já ter saído para alguns profissionais, o movimento da loja ainda não aumentou. “Vamos aguardar até semana que vem para saber se vai mudar”, disse.
A vendedora Graça Paulino garantiu que, mesmo que o ambiente econômico não esteja favorável, tem expectativa de que as vendas sejam satisfatórias. Na loja em que trabalha, livros e pequenas lembranças, como cartões, já estão em promoção, além dos preços a partir de R$ 15,00 e dos descontos nos demais produtos de 10% e 15%. “Sempre vai ter alguém que vai ser lembrado por outra pessoa, assim como vai ter gente que faz questão de presentear, mesmo que com uma lembrança”, destacou.
PROMOÇÕES – O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, Edson Freitas, alertou sobre o caso da Black Friday, a sexta-feira de descontos, quando foi comprovado que algumas empresas aumentam o preço para então dar desconto. “Aconselhamos que os comerciantes façam apostas em promoções verdadeiras junto ao cliente, porque dessa maneira ele vai se sentir atraído e seguro para realizar a compra”, ressaltou. (A.G.G)