Cotidiano

Empresária denuncia atraso na liberação de DPVAT

Mais um intermediário foi criado entre o segurado e a administradora do DPVAT no país, o que tem impossibilitado os pacientes de receber o que tem direito dentro do prazo de 30 dias úteis

Empresária denuncia atraso na liberação de DPVAT Empresária denuncia atraso na liberação de DPVAT Empresária denuncia atraso na liberação de DPVAT Empresária denuncia atraso na liberação de DPVAT

A empresária Dayane Nyelen Freitas procurou a Folha para denunciar que os pacientes que precisam receber o DPVAT (Seguro de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Via Terrestre) estão sendo prejudicados com as novas normas burocráticas que foram determinadas pela empresa responsável pela administração do seguro no país, a Líder Seguradora.

De acordo com a empresária, o prazo de 30 dias que é previsto em lei para que o segurado tenha direito ao DPVAT já não é mais cumprido devido a essas burocracias. “Antes a gente enviava o processo para a reguladora, que validava o processo dentro do prazo de 30 dias úteis, efetuando em seguida o pagamento. Agora, a seguradora inventou essa tal de centralizadora e o processo passou a ficar mais burocrático. Existem processos abertos no início de fevereiro que estão simplesmente parados”, denuncia.

O processo burocrático a que se refere inclui mais um intermediário entre a Líder e o segurado. Segundo a empresária, até pouco tempo o procedimento para solicitar o seguro era feito da seguinte maneira: o acidentado procurava uma agenciadora (o que a empresa de Dayane faz), que é responsável por fazer a primeira triagem da documentação necessária para solicitar o seguro.

Após a entrega da documentação, a agenciadora encaminhava os pedidos direto para a Líder Seguradora que é quem avalia os processos e faz o pagamento. Mas hoje foi criada a figura da centralizadora, que é para onde os agenciadores enviam os pedidos de seguros, o que acabou causando a demora para atender os acidentados que precisam do seguro.

Além disso, a empresária afirma que há alguns meses a Líder tem diminuído o valor dos seguros. “Por exemplo, a fratura de fêmur, que é considerada uma fratura muito grave, onde são feitas várias cirurgias, a pessoa fica com sequelas gravíssimas, antigamente saía por R$ 4.725. Agora tá saindo por R$ 2,362,50. Houve a redução do valor, mas não houve redução de valor de pagamento anual do documento”, explica.

Ela atribui essas questões às inúmeras denúncias que surgiram no País quanto as fraudes que ocorrem em alguns lugares e em algumas empresas relacionadas ao DPVAT. “Eu vivo disso. Eu trabalho com isso há muito tempo e eu posso falar de mim que trabalho corretamente. Eu tenho como comprovar que eu não pego casos errados. Até me procuram assim como os demais, mas eu recuso. Mas ai por causa de um que trabalha errado, a seguradora quer punir a todos”, reclama.

Diante dessa situação, a empresária resolveu denunciar e espalhar pelas redes sociais informações sobre os problemas que estão acontecendo em relação ao DPVAT, além de incentivar a população a fazer denúncias nos órgãos de controle e de fiscalização como o Ministério Público Federal e à Superintendência de Seguros Privados (Susep).

OUTRO LADO
A reportagem da Folha tentou ouvir a Líder Seguradora, mas até o momento não houve retorno da Assessoria de Comunicação.

Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.