Cotidiano

Em espaço improvisado, feirantes perdem vendas

A obra está parada e somente uma pequena parte dela foi construída após a demolição da antiga estrutura

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Há um ano, os comerciantes da Feira do Passarão, no cruzamento das avenidas dos Imigrantes e Ataíde Teive, tiveram que se mudar para um espaço menor, para que o prédio da feira fosse reformado. Os meses se passaram, a obra está parada e somente uma pequena parte dela foi construída após a demolição da antiga estrutura. A reclamação dos feirantes é unânime em relação ao local em que estão, seja pelo espaço pequeno, pela falta de segurança ou pelas condições precárias.

O vendedor de descartáveis, Erick Gustavo, por exemplo, contou que as condições em que o local provisório apresenta não favorecem as vendas. “Pode-se dizer que as vendas caíram em 50% ou mais desde que viemos para cá. Aqui o local não é tão agradável para os clientes. O pessoal costuma achar que andar por aqui é meio perigoso, e que o espaço é bem menor para eles circularem”, contou.

Já a comerciante Jardene Saraiva teve que mudar de empreendimento para poder caber no espaço improvisado. Ela, que agora está trabalhando com venda de lanches, diz que o sentimento é de desesperança pela reforma, que já parou de ser acompanhada por boa parte dos vendedores.

“Eu tinha um salão na antiga estrutura da feira. Ao vir para cá, com o espaço, tive que mudar para um lanche. E os lucros caíram para todo mundo aqui, inclusive eu. Vem sendo cada vez mais difícil e eu consigo lucro com ajuda dos próprios funcionários daqui da feira, pois vendo lanches e almoço para eles”, contou.

O administrador da Feira do Passarão, Zé Maria, afirmou que depois de a equipe de reportagem da Folha ter ido ao local, em maio deste ano, a obra começou. Entretanto, como só houve o pagamento da primeira etapa dela, os trabalhos foram parados novamente. “Eles chegaram a trabalhar na obra por mais ou menos seis meses. Mas com a falta de dinheiro do Estado, a reforma foi parando. O Governo só pagou uma fatura para a empresa contratada, então os serviços foram sendo deixados de lado. Atualmente, somente um vigia fica aqui durante a noite para impedir que alguém invada ou mexa em alguma coisa”, disse.

GOVERNO – A Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinf) informou, por meio de nota, que 30% dos serviços da obra estão executados, e a previsão é de que sejam concluídos no primeiro semestre do ano que vem. O investimento é de R$ 3.166.940,67.

“Os serviços contemplam a reconstrução total dos boxes, troca do piso, revitalização da parte elétrica, incluindo duas subestações de energia, revitalização da parte hidráulica, esgoto e cisterna, telamento do teto para evitar pombos, novos banheiros, reforma da câmara fria, acessibilidade, iluminação externa e construção de um muro no entorno de toda a feira, garantindo mais segurança aos feirantes e clientes”, destacou a nota. (P.B)

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