Cotidiano

Disputa no Sitram é marcada por denúncias e chapa impugnada

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Às vésperas da eleição da nova diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Boa Vista (Sitram), prevista para acontecer neste sábado, 19, o clima entre os servidores que tentam concorrer é de tensão. De um lado, Sueli Cardozo, há seis anos atuando como presidente do sindicato e agora buscando reeleição através da Chapa 1. Do outro está Sirdennys Santana, líder da Chapa 2, que foi impugnada. Com apenas uma chapa legalizada até o momento, a eleição deve ser realizada por aclamação, através de manifestação da assembleia.

A chapa opositora apresentou uma série de denúncias contra a presidente da entidade e pede providências em relação ao pleito eleitoral. O mandato da atual gestão, de quatro anos, será concluído no dia 20 de novembro. Caso ocorra, a eleição deverá ser realizada na manhã deste sábado, 19, na sede do Sitram, no bairro Santa Teresa, zona Oeste.

A Chapa 2, que recebeu o nome de “Renova Sitram”, foi impugnada por não “preencher os requisitos da assembleia geral e apresentar irregularidades”, conforme afirmou a atual presidente. Segundo Sueli, a chapa opositora não possui 70% de presença nas reuniões, como determina uma das cláusulas do estatuto.

“A nossa chapa ‘Experiência faz a Diferença’ preencheu todos os requisitos. Esperamos que tudo transcorra dentro do clima de normalidade. A oposição está criando tumulto e a nossa entidade precisa ser respeitada”, completou Suely. Ainda segundo ela, o município possui cerca de 6,8 mil servidores concursados, sendo 2,3 mil integrantes do Sitram.

Sirdennys afirma que o tumulto causado se deu por conta de irregularidades supostamente praticadas durante a gestão da atual presidente. A Chapa 1 pediu, junto à Comissão Eleitoral do sindicato, o cancelamento da decisão que deferiu o pedido de registro da Chapa 02. O motivo, segundo ela, é a violação expressa ao estatuto do Sitram.

“Apresentamos 12 pontos questionando a legalidade do pleito e pedindo a impugnação da chapa da Sueli. Registramos um boletim de ocorrência e temos como provar tudo com áudios, vídeos e documentos”, enfatizou Sirdennys.

DENÚNCIAS – As denúncias apresentadas pela chapa opositora são: falta de aprovação das contas geridas pela diretoria do sindicato, referente ao primeiro semestre de 2016, falsificação de ata para fins de fazer constar aprovação da prestação de contas, negação e omissão de documentos solicitados por sindicalizados com o objetivo de impedir a chapa opositora de ter acesso às informações necessárias para disputar o pleito, aquisição de prédio no valor de mais de R$ 1 milhão sem aprovação da assembleia, alteração nas atas e frequências constando assinaturas de pessoas que não estavam presentes em assembleias, entre outras.

“Estamos indignados por estarmos sendo enganados por alguém que deveria representar nossos interesses como servidores públicos municipais e não servirmos de moeda de troca para favorecimentos pessoais, como comprovam alguns diários oficiais, onde constam contratos de valores vultosos favorecendo a empresa do esposo da então presidente. Queremos que nosso sindicato funcione com transparência nas contas e que todas as decisões passem, legitimamente, por assembleia e não sejam tomadas de maneira monocromática. Queremos lisura no pleito eleitoral”, exigiu Sirdennys.

OUTRO LADO – Sueli foi procurada novamente pela Folha após as denúncias apresentadas pela chapa opositora. “Lamento que ela [Sirdennys], sendo uma militante do partido dos trabalhadores [PT], não aceite que quem rege a eleição é o estatuto. A chapa dela não atendeu aos requisitos”, contestou.

Ela disse que participou de todas as assembleias realizadas e das atividades do sindicato. “Para estar apto a gerir a entidade, o sócio precisa conhecer e, para isso, é necessário participação”, frisou. Em relação à prestação de contas, Sueli afirmou que “são tratadas conforme responsabilidade e sempre apresentadas durante as assembleias gerais duas vezes ao ano”. (C.C.)

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