Cotidiano

Diante da crise, procura é por presentes mais baratos

Com a crise econômica que se agravou, presentear todas as pessoas queridas é um hábito que está sendo repensado pelo roraimense. Os familiares e amigos mais íntimos poderão continuar a receber produtos mais caros, mas os demais deverão ficar até mesmo sem lembrança.

A fisioterapeuta Márcia Larissa, que estava na avenida Jaime Brasil, centro comercial mais antigo de Boa Vista, nem entrou nas festas de “amigo oculto” neste fim de ano. Optou por investir o dinheiro em presentes para as pessoas que moram em sua residência: brinquedos para crianças e roupas para os adultos. “Compro roupas porque são mais úteis. Eu também comprei um presente para a minha funcionária. Mas primeiro pesquiso.

Se tiver no comércio, venho aqui; se tiver no shopping, vou até lá”.

A professora Maria dos Santos Jorge costuma comprar sempre nas lojas do centro comercial, deixando apenas os sapatos para o shopping. Produtos de catálogos e perfumes também têm a sua preferência. Segundo ela, as escolhas se devem aos descontos e brindes para quem compra à vista e às vantagens no parcelamento no cartão de crédito. “Mas neste ano vou comprar menos. A crise foi grande no País todo, mas em Roraima foi mais feia. A minha mãe, os meus filhos e meu marido vão ganhar, mas avisei aos meus irmãos que eles infelizmente ficarão de lado. Vou gastar o dinheiro com a matrícula da faculdade no ano que vem, pois a gente tem que ter uma reserva”.

A também professora Marieta Moura tem uma única filha e disse que a menina escolherá um brinquedo. Para os amigos e familiares, o presente se resumirá a lembrancinhas em lojas locais. O publicitário Ruan Krios continuará comprando presentes em 2016, mas deixará as lembranças de “amigo oculto” para as lojas de roupas mais em conta, dentro dos shoppings. “Para os mais próximos eu já gosto de dar produtos de marca, mais caros”.

EXPECTATIVA – Nas lojas do centro comercial de Boa Vista a procura pelos presentes de Natal ainda está tranquila. A gerente Fátima Gomes, de uma loja de roupas, está animada. “Estamos com fé de que vamos ter mais clientes neste ano”.

A gerente Raíssa Tavares, que vende roupas, calçados e produtos para o lar, disse que faz um preço único de R$ 12,00. “Temos muita saída e estamos confiantes para o Natal, apesar da crise”. Perguntada sobre os hábitos dos clientes, comentou: “Eles compram ou para eles mesmos ou para os filhos. Ainda vemos pouca gente falando que é para presente ou para ‘amigo oculto’, mas é porque ainda está muito cedo”.

Em um estabelecimento que oferece bijuterias, a vendedora Amanda Cristina também acredita em grande procura. “O pessoal sempre quer bijuteria, conjuntos de colar com brinco, pois o preço varia de R$ 10,00 a R$ 30,00”, observou.

OPÇÕES – Mesmo assim, para quem está com pouco dinheiro ou procura algo diferente, há opções. Na papelaria Papel Jornal, no bairro São Francisco, zona Norte, há agendas, quadros, lambe-lambes, porta-trecos e demais objetos de decoração e papelaria.

Para este ano há ainda a novidade dos kits de presentes: caixas com saleira e garfo para petiscos, além de escovinhas e sabonetes. Os preços dos kits vão de R$ 39,00 a R$ 59,00. A Papel Jornal também tem uma loja dentro do Garden Shopping, no bairro Caçari, zona Leste.

ARTESANATOS – A artesã Maria Vera Pereira da Silva começou a produção temática do Natal personalizado: almofadas, jogos de cozinha, panos de prato, toalhas de banho, dentre outros. Ela participa da Expoarte todos os domingos, das 17h às 22h, no Parque Anauá, no bairro dos Estados, zona Norte. Mas de segunda a sexta seus trabalhos podem ser encontrados no prédio da Secretaria de Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes), no bairro Mecejana, zona Oeste.

A empresária Dayse Dinelly faz encomendas de biscoitos amanteigados, decorados com glacê real. Com preços variando de R$ 6,00 a R$ 70,00, os biscoitos vêm dentro de caixas, em vasos, canecas, latas e avulsos, sendo que essas embalagens também são decoradas com temática natalina.

Ela firmou que há procura por quem tem muitas pessoas a quem presentear por um valor acessível e com um produto diferente. “Estamos no mercado há um ano e nossas expectativas para o Natal são de aumento nas vendas, pois ficamos mais conhecidos neste período de um ano”, disse. (NW)

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