A sociedade civil organizada de Boa Vista começou a discutir, junto a instituições de ensino, conselhos de classe e órgãos públicos e privados, a destinação correta do lixo durante audiência realizada na manhã de ontem, 17, no Centro de Ciência, Tecnologia e Inovação (CCTI), na Avenida Glaycon de Paiva, bairro Mecejana, zona Oeste. Também foi discutido o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da Capital.
Moradores da zona Norte estão sendo convidados para participar hoje, às 19h, no auditório do Palácio 9 de Julho, no bairro São Francisco, da apresentação do Diagnósticos e Cenários Futuros de Resíduos Sólidos, quando serão colhidas sugestões dos moradores.
Por ainda estar em fase de estudo, a Prefeitura Municipal de Boa Vista (PMBV) não soube informar onde será implantado o novo aterro sanitário. Iniciado em agosto de 2016, o plano já possui o diagnóstico e prognóstico do cenário local para os próximos 20 anos. A intenção agora é sensibilizar a população da importância da destinação correta dos resíduos produzidos e fazer com que os cidadãos participem da construção do planejamento.
Conforme os prazos estabelecidos pelo Governo Federal referentes à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), criada para implantação de novos meios de destinação de lixo, a Prefeitura tem até o dia 31 de julho de 2018 para fechar o lixão, localizado no trecho sul da BR-174, e implantar um novo aterro sanitário que não agrida a bacia hidrográfica do Estado.
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De acordo com o vice-prefeito de Boa Vista, Arthur Henrique Machado (PSD), o planejamento vai além da construção do novo aterro, como definir metas e ações para que os resíduos sejam tratados da forma correta para os próximos 20 anos. “O mais importante é conscientizar a destinação para preservar as futuras gerações”, disse. Outros objetivos são: a redução do volume de resíduos gerados e a implantação de reciclagem junto aos catadores.
O secretário municipal de Serviços Públicos e Meio Ambiente, Daniel Peixoto, estima que até junho deste ano o plano esteja elaborado e pronto para execução. Questionado sobre o fechamento do lixão, ele informou que é necessário concluir o planejamento que está em andamento. “O plano dará as diretrizes de como o encerramento deverá ser feito. Quanto à criação do próximo aterro, acredito que este ano já vamos começar a trabalhar”, disse.
FAMÍLIAS NO LIXÃO – Sem perspectiva ou apoio social, cerca de 150 famílias moram no lixão. Diante do caso, o secretário Daniel Peixoto destacou que diversas atividades vão fazer parte do Plano de Resíduos Sólidos, como a coleta seletiva junto aos catadores. “Infelizmente, essas pessoas estão em um lugar inadequado. Mas, dentro da nova metodologia, elas serão inseridas para mudar de situação”, frisou. (A.G.G)
