Mais de 800 alunos participaram, na manhã deste domingo, dia 7, do desfile de 7 de setembro, na sede do município do Uiramutã, na região Norte de Roraima. Eles se concentraram em frente à Prefeitura, na rua Ceci Mota, e de lá seguiram marchando até a praça central, na avenida Martiniano Vieira.
O ato cívico deste ano no município mais indígena do Brasil destacou a importância dos povos originários, a valorização da sua cultura, defesa de direitos e o combate ao preconceito. Secretários municipais e militares do 6° Pelotão Especial de Fronteira (6° PEF) participaram da solenidade.
O evento começou com o hasteamento das bandeiras nacional, de Roraima e de Uiramutã, com a execução dos hinos. Após o discurso das autoridades foi anunciada a abertura oficial do desfile cívico. Perfilados e alinhados, os estudantes seguiram marchando, cadenciados pela fanfarra até a frente da praça. Os policiais militares do destacamento do Uiramutã garantiram a segurança de todos.
Além dos alunos, também participaram do desfile servidores municipais, brigadistas mirins, atletas do Centro de Treinamento Brazilian Jiu-Jitsu, crianças e jovens atendidos pela Assistência Social, Defesa Civil e socorristas do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). O desfile encerrou com a apresentação da tropa militar do 6° PEF, que arrancou aplausos do público presente.
Ao final da festa cívica, antes das 10h, os alunos retornaram para casa em segurança, como previsto pela coordenação do evento. Nem PM, nem Samu registraram incidentes durante o desfile, que também foi realizado em várias comunidades indígenas de Uiramutã.
O secretário municipal de Assistência Social, Omério Cavalcante de Lima, ressaltou que a participação de indígenas em desfiles cívicos, como o de 7 de setembro, é fundamental para a valorização da cultura, história e direitos dos povos tradicionais, promovendo a visibilidade dessas comunidades e desafiando o preconceito.
“Além do ato cívico, nosso 7 de Setembro serve para celebrar a diversidade brasileira, reconhecer a importância dos povos originários como guardiões da natureza e destacar a identidade nacional que tem a contribuição indígena como base”, pontou Omério.