O Dia da Independência do Brasil será comemorado hoje com o tradicional desfile cívico-militar de 7 de Setembro na avenida Ene Garcez, no Centro. A organização do evento é de responsabilidade do Exército Brasileiro, por meio da 1ª Brigada de Infantaria de Selva e do 6º Batalhão de Engenharia de Construção (BEC) com a parceria de órgãos estaduais e municipais.
As apresentações começam às 7h30, com revista às tropas militares, que é realizada pela governadora Suely Campos (PP). A cerimônia de abertura do desfile está prevista para as 8h, em frente ao palanque oficial, na Praça das Águas, próximo ao Portal do Milênio. A apresentação das entidades civis e das 34 escolas da rede estadual de ensino começa às 8h10, seguidas dos desfiles das tropas militares do Exército, Aeronáutica, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.
O comandante da 1ª Brigada de Infantaria de Selva, general de brigada Algacir Antônio Polsin, disse que, como em qualquer outro aniversário, é natural que se faça uma análise crítica neste dia, sobretudo o que foi realizado nestes anos de Independência do Brasil e na evolução ocorrida nesse meio tempo, refletindo principalmente sobre o status do País e no significado da expressão “Nação Brasileira”.
“Esta data não representa apenas o somatório da extensão territorial, da população, do idioma e dos símbolos, tradições e valores, entre outros aspectos que formam a nossa percepção de brasilidade, de coesão interna e de amor à Pátria. Mas também nos faz refletir sobre o conserto atual das nações e como projetarmos o que queremos para o futuro do nosso país, do nosso povo e de nossos filhos”, destacou Polsin.
“Nesta data, o Exército Brasileiro, representado em Roraima pelas tropas da 1ª Brigada e pelo 6º BEC, relembra os feitos do passado com o orgulho e a certeza de quem muito contribuiu nas vertentes do desenvolvimento e defesa do Brasil e para o Estado de Roraima, colaborando para o futuro da nossa Nação e para a população que habita esta bela Terra de Makunaima. Fica a certeza de que estaremos sempre comprometidos com os interesses maiores da Nação Brasileira, não medindo esforços para suplantar todo e qualquer obstáculo que possa dificultar a consecução dos objetivos nacionais para o bem maior do nosso Brasil”, frisou o general.
Segundo o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Dagoberto Gonçalves, é fundamental manter esta tradição. “Percebemos que o valor de importância desta data ainda é mantido por causa da presença da população, que sempre comparece e prestigia o evento”, comentou.
SEGURANÇA – Cerca de 150 policiais militares serão responsáveis por preservar a ordem pública e segurança do público presente. O evento também irá contar com apoio da 1ª Brigada e uma equipe de Contingências de Distúrbio Civil da PM. “A equipe de contingência só atua caso haja manifestações ou reivindicações por parte de organizações ou sindicatos”, esclareceu o tenente-coronel Paulo Macedo, subcomandante de Policiamento da Capital.
O isolamento do local e a organização do trânsito e do estacionamento contam também com a apoio do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Secretaria Municipal de Segurança e Trânsito (SMTran), bem como da Companhia Independente de Policiamento de Trânsito Urbano e Rural (Ciptur).
Data terá mobilização social com o ‘Grito dos Excluídos’
Em sua 22ª edição, o Grito dos Excluídos acontece hoje, 7, sob o tema “Vida em Primeiro Lugar”. Baseado em um discurso do Papa Francisco, o evento deste ano pretende criticar o sistema capitalista não-liberal com o lema “Este Sistema é Insuportável: Exclui, Degrada e Mata”. A concentração começa às 7h30, no Monumento dos Garimpeiros, na Praça do Centro Cívico, e segue em direção ao anfiteatro da Praça da Cultura, localizada atrás do miniterminal de ônibus Luiz Canuto Chaves, que está em reforma, na avenida Ene Garcez, próximo de onde será realizado o Desfile de 7 de Setembro.
Segundo o coordenador do evento, irmão marista Danilo Correia, durante a caminhada serão realizados vários gritos em defesa dos povos indígenas, dos direitos trabalhistas, que estão sendo atacados há anos no Congresso Nacional por meio dos projetos de lei; da educação e da saúde, bem como contra o tráfico humano e tudo aquilo que está sendo ameaçado em nível municipal, estadual e federal.
Durante o percurso, os manifestantes passarão pela Assembleia Legislativa do Estado de Roraima (ALE-RR) e Tribunal de Justiça de Roraima (TJ-RR). Segundo Correia, nos últimos anos o evento tem contado com a participação de uma média de 800 a mil pessoas. Esperamos que o número de participantes só aumente mais”, disse.
Correia ressaltou que o evento acontece paralelo ao 7 de setembro, Dia da Independência do Brasil. Para o coordenador, enquanto existir corrupção, desigualdades sociais e injustiça não dá para falar que o País é independente. “O grito vem para mostrar que o Brasil não é totalmente independente. Foi como o Papa Francisco falou: Nenhuma família sem casa, nenhum camponês sem terra e nenhum trabalhador sem direitos’”, frisou.
O Grito dos Excluídos é um evento nacional que ocorre anualmente em diversas cidades do Brasil. Em Roraima, ele é organizado por um conjunto de organizações e movimentos sociais, entre os quais estão incluídos a Diocese do Estado de Roraima, pastorais sociais católicas e sindicatos.
Entre seus objetivos estão organizar o máximo de ações que fortaleçam a organização, a mobilização e as lutas populares e denunciar toda e qualquer injustiça cometida pelo sistema capitalista, repassando a mensagem que as mudanças acontecerão com o povo em luta, ocupando praças e ruas por direitos e liberdade. (A.G.G)