Com o término da greve dos bancários, que durou 29 dias, as agências em Roraima registraram um alto número de clientes durante a manhã de ontem. Isso porque, com a interrupção das instituições, os serviços foram acumulados, obrigando a população a esperar por horas nas filas. Nas agências de alguns bancos no Centro da capital, o clima era de insatisfação por parte dos clientes.
A aposentada Maria Janete Cavalcante relatou à Folha que chegou por volta das 7h30 na agência da Caixa Econômica Federal, localizada na Avenida João Pereira de Melo, e que teve que esperar quase uma hora para conseguir entrar no prédio. “Além da fila do lado de fora, a gente enfrenta outras aqui dentro”, lamentou. Dona Maria esteve com o cartão bloqueado durante todo o último mês e foi resolver a situação.
De acordo com ela, houve prioridade no atendimento dos aposentados, grávidas e portadores de necessidades especiais (PNE), contudo, o número de clientes ainda foi alto em relação a períodos normais. “Todo mundo teve que esperar terminar essa greve para resolver os problemas, agora é gente demais para pouco atendente”, pontuou. Quem também precisou esperar mais de uma hora para ser atendido foi o estudante Hiago Magalhães.
Para ele, apesar dos bancos terem fechado visando melhorias para a categoria, sem pensar na população, com o término da greve as agências deveriam ter se preparado para atender a demanda acumulada. “Poderiam dividir os serviços, fazer agendamentos”, sugeriu Magalhães, ressaltando que em épocas normais já é fácil passar um dia inteiro em um banco. “Imagina com o fim de uma greve”, frisou.
Na agência central do Banco do Brasil, localizada no Centro Cívico, o movimento não foi diferente. Dezenas de pessoas que passaram horas esperando pelo atendimento questionaram a falta de organização com a clientela. “Infelizmente não tenho culpa de o serviço ter sido acumulado, eles já sabiam que isso ia acontecer”, lamentou o professor Carlos Macêdo.
OUTRO LADO – Em contato com a Superintendência Regional da Caixa Econômica Federal, o superintendente Lamarck Mangueira informou a Folha que a empresa já possui estratégias para gerenciar o atual momento, redobrando a atenção aos clientes e atendendo o máximo possível de pessoas, para que seja possível administrar a demanda.
“As equipes estão trabalhando com toda força para tentar desafogar a demanda”, relatou. Segundo Mangueira, apesar de ser esperado um maior número de clientes após o término da greve, a situação será normalizada até semana que vem.
A Superintendência Regional do Banco do Brasil informou que todos os servidores do órgão foram requisitados para atender a demanda da população, contudo, ainda não há nenhuma ação de agendamento prevista. (A.G.G)