Cotidiano

Depois do Dia das Crianças fraco, comércio não se animou para o Natal

Depois do Dia das Crianças fraco, comércio não se animou para o Natal Depois do Dia das Crianças fraco, comércio não se animou para o Natal Depois do Dia das Crianças fraco, comércio não se animou para o Natal Depois do Dia das Crianças fraco, comércio não se animou para o Natal

Novembro chegou e, com ele, se aproxima a data mais lucrativa para os comerciantes, o Natal. Em tempos de crise, nem mesmo o feriado do Dia de Finados foi suficiente para que as lojas boa-vistenses da Avenida Ataíde Teive, da zona Oeste, fechassem suas portas. O motivo é a chegada do mês natalino, conforme o gerente Josué Guimarães, dono de uma loja de roupas.

Contudo, apesar da expectativa, a loja de Josué não tem nenhum atrativo relacionado à data natalina. Ele explicou que começa a fazer a decoração no final do mês há cerca de três anos, quando percebeu que a clientela começa a se interessar pelas lembranças e preparativos da festa em dezembro. “Deixam para a última hora. Esse ano está sendo tão fraco que decidi não arrumar mais cedo de novo”, disse.

Josué lembrou que no Dia das Crianças a loja não atingiu a meta esperada. Ele enfatizou que, mesmo com descontos e promoções em certos produtos, o atraso do pagamento dos servidores públicos afetou o comércio. “Estou rezando para que pelo menos o mês que vem seja melhor que o ano passado, que foi horrível em relação a vendas no Natal”, ressaltou.

Quem também torce por um mês de altos lucros é a vendedora Marinalva da Silva. Ela explicou que a esperança começou após o feriado do Dia das Crianças.

Segundo frisou, os clientes sempre começavam a comprar os presentes três dias antes da data, mas esse ano foi diferente. “As pessoas não entravam e, se entravam, era para comprar outras coisas, nada relacionado a crianças”, frisou.

No dia 12 de outubro, porém, a vendedora foi surpreendida pelo constante movimento das vendas.  “Chegamos a alcançar a meta de R$10 mil no final do dia”, ressaltou. Para o Natal ela espera que o movimento seja tão positivo quanto o Dia das Crianças. Ainda assim, a loja em que Marinalva trabalha também não possui decoração nas vitrines ou anúncios de promoções e descontos do lado de fora, a fim de atrair clientes. “Final do mês é a melhor época. As pessoas compram até decoração em cima da hora, imagina presentes”, disse.

Marinalva explicou que os descontos e promoções sempre fazem parte da programação da loja, para que os clientes tenham condições de consumir mesmo que o salário esteja atrasado ou que seja recebido pela metade. “O mês passado foi o reflexo da crise que o Estado vive. Muitas pessoas compraram com cartão de crédito, parcelando em várias vezes, para conseguir realizar a compra, devido à falta de dinheiro”, frisou.

FECHADO – Diferente da Avenida Ataíde Teive, o comércio na Avenida Jaime Brasil, no Centro de Boa Vista, fechou as portas durante o feriado. Nenhuma das lojas abriu as portas durante o dia e, em alguns pontos comerciais, os cartazes atrativos divulgavam descontos e promoções avulsas, sem qualquer envolvimento com o Natal. (A.G.G)

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