Cotidiano

Defensores se reúnem para discutir a crise migratória

Roraima irá sediar mais uma vez uma reunião do Colégio Nacional de Defensores Públicos Gerais do Brasil (Condege). Agora, o tema principal que estará em pauta durante o encontro será a crise migratória, que assola o estado sob vários aspectos. O evento será realizado na última sexta-feira deste mês, dia 28, e acontecerá na sede da Defensoria Pública do Estado de Roraima (DPE-RR). Os participantes irão visitar os abrigos em Boa Vista e no sábado (29) vão até Pacaraima, ao norte do estado.

A reunião deve contar com a presença de vários defensores públicos gerais dos estados; do presidente da Associação Nacional de Defensores Públicos, Pedro Paulo Coelho; da prefeita de Boa Vista, Teresa Surita (MDB); do governador de Roraima, Antonio Denarium (PSL); prefeito de Pacaraima, Juliano Torquato (PRB); autoridades militares responsáveis pela Força-Tarefa Logística e Humanitária que lidam com a questão dos abrigos; representantes de organizações internacionais. Também foram convidados o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e os ministros da Casa Civil, da Justiça e do Planejamento.

A reunião do Condege acontece periodicamente, quando são discutidas políticas institucionais em relação à Defensoria Pública para todo o Brasil. “Conseguimos trazer essa reunião para Roraima e teremos como assunto principal a problemática da crise migratória, que está impactando nos mais variados serviços prestados à população do estado, como na segurança, na saúde, na educação, bem como na vida dos roraimenses”, ressaltou o defensor-público geral de Roraima, Stélio Denner de Souza Cruz.

Segundo ele, a crise migratória é de conhecimento do mundo todo, mas os efeitos que têm causado ao estado, aos municípios de Boa Vista e de Pacaraima e outras cidades de Roraima precisam ser apresentados de maneira mais clara, mais contundente, de forma que essa união de representantes que estarão nessa reunião possam sensibilizar o governo federal sobre essa questão.

“A ideia com esse encontro é porque queremos que o Condege encabece de modo forte a necessidade que o estado tem, e ser olhado de maneira diferenciada pela União. Nós temos que forçar o governo federal a perceber que o estado como um todo precisa de recursos para sobreviver a essa crise. É preciso de recursos também, para socorrer os brasileiros que aqui vivem. Acreditamos que Roraima e os municípios precisam receber os valores do FPE [Fundo de Participação do Estado], do Fundo de Participação dos Municípios [FPM] e do Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação] de maneira diferente, em razão do acúmulo de imigrantes que vieram nos últimos anos para Roraima”, concluiu Denner.

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