DIA DOS PAIS

De pai para filhos: como o jiu-jitsu virou tradição na família Prestes

O que começou como incentivo se transformou em uma trajetória de vitórias e legado familiar

De pai para filhos: como o jiu-jitsu virou tradição na família Prestes

No tatame e fora dele, a família Prestes carrega o mesmo lema: disciplina, superação e união. O professor Alex Prestes, 47 anos, faixa-preta 2° grau, voltou aos treinos em 2015 para acompanhar o filho João, então com cinco anos, que havia sido diagnosticado com epilepsia. O que começou como incentivo se transformou em uma trajetória de vitórias e legado familiar.

“Eu já tinha guardado o kimono, estava como faixa roxa. Tirei do baú para treinar com ele e nunca mais parei. Hoje, ver meus filhos e até meu neto seguindo esse caminho é uma alegria sem tamanho”, contou Alex.

Hoje, João Prestes, 15, é tricampeão brasileiro, campeão europeu e medalhista de bronze no Pan-Americano, nos Estados Unidos. A irmã, Alexia Prestes, 13, também é campeã brasileira com títulos nacionais.

“Eles têm conseguido mais títulos que eu e isso me enche de orgulho”, afirmou.

E é claro que com esse histórico familiar, os mais novos não iam ficar de fora. Até mesmo o caçula da família, Anthony Prestes, de apenas dois anos, já ensaia os primeiros passos no tatame.


Pai, professor e inspiração

A rotina de Alex é dividida entre o emprego, treinos, campeonatos, viagens e tempo para a família. “Não é fácil conciliar tudo, mas a gente organiza os dias. Durante a semana o foco é o trabalho e as aulas, e aos fins de semana eu aproveito para ter mais momentos de lazer crianças e família”, explicou.

Para João, ter o pai como técnico é motivo de orgulho.

“Graças a mim ele voltou a treinar e, graças a ele, sou um grande atleta. No tatame, ele me trata como qualquer aluno. Em casa, me incentiva, me anima, corre atrás de tudo por mim e pelos meus irmãos. Eu espero ser um grande pai como ele é para mim”.

O professor confessa que, quando os filhos competem, a emoção é maior. “Fico mais nervoso vendo eles lutarem do que quando vou para um campeonato como técnico de outro aluno. Já viajamos juntos para o Rio, São Paulo, Manaus, Irlanda e Estados Unidos. É emocionante ver meu filho, que peguei no colo, se destacar no mundo”, disse

Projeto social no Ayrton Rocha

Desde 2019, Alex comanda a GFTEAM Roraima. A academia é filial da equipe carioca e atende alunos de diferentes idades. No bairro Ayrton Rocha, ele mantém um projeto social gratuito para crianças e adolescentes de 4 a 18 anos. Para participar, basta que os responsáveis entrem em contato com o professor pelo WhatsApp (95) 99152-1701 e assinem um termo de responsabilidade.

“Quero que o jiu-jitsu seja uma oportunidade e uma ferramenta de disciplina para quem talvez não teria acesso. Já vi o esporte mudar vidas”, concluiu.

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