Cotidiano

De Boa Vista a Copacabana: antropóloga cruza o país sozinha para ver Lady Gaga no Rio

Ela percorreu mais de 4.000 km para assistir ao aguardado show de Lady Gaga em Copacabana, no Rio de Janeiro

De Boa Vista a Copacabana: antropóloga cruza o país sozinha para ver Lady Gaga no Rio

A paixão pela música e uma admiração profunda por uma das maiores artistas pop da atualidade levaram a jovem antropóloga Marina Souza, de 33 anos, a embarcar em uma jornada singular. Diretamente de Boa Vista, capital de Roraima, ela percorreu mais de 4.000 km para assistir ao aguardado show de Lady Gaga em Copacabana, no Rio de Janeiro.
Doutoranda em Antropologia e professora, Marina não pensou duas vezes ao saber da apresentação gratuita da artista norte-americana. Mesmo sozinha, decidiu encarar a viagem longa como uma oportunidade única de realizar um sonho — e viver uma experiência transformadora.
“Gosto de música boa em todas as suas formas. Meu coração bate mais forte por rock e heavy metal, mas reconheço a grandiosidade da Lady Gaga. Ela é uma das divas mais completas da música contemporânea — transita com talento entre o pop, o jazz e o rock, e transmite mensagens muito importantes sobre empoderamento, diversidade, aceitação e amor. Isso ressoa comigo profundamente”, conta Marina.

Dicas para curtir show com multidões
Já no clima do show, Marina compartilhou dicas para quem também encarou o calor e a multidão:
“O ideal é chegar um pouquinho mais cedo. Hoje muitas pessoas conseguiram aproveitar a praia também, só tiraram o look do show e se jogaram na água. A hidratação é essencial porque está muito, muito, muito quente aqui no Rio. E para as pessoas segurarem lugar para o show, está todo mundo esperando na areia mesmo. Há muitos leques, muitos looks diversos. Lógico, a comunidade LGBTQIA+. É um momento de celebrar diversidade, celebrar música, celebrar cultura. E celebrar essa grande artista pop que fazia vários anos que não colava no Brasil e agora está tendo essa oportunidade de fazer esse show ao vivo, que vai ser o maior show da carreira dela. Então acho que é um momento que vai ficar para a história e que todo mundo que está aqui vai lembrar por vários, vários anos.”

Mesmo sozinha, decidiu encarar a viagem longa como uma oportunidade única (Foto Arquivo pessoal)

Vivências e trajetórias
Ao longo do trajeto, a antropóloga relata viver o momentos de aprendizado e conexão. “Viajei sozinha, mas nunca me senti só. Fiz amizades no caminho, conversei com pessoas de diferentes lugares e senti a força que a música tem de unir gente com histórias e origens diversas. Foi lindo.”
Em Copacabana, Marina se juntou à multidão de fãs que lotou a orla carioca para ver a cantora — conhecida tanto por sua potência vocal quanto por seu engajamento em causas sociais e LGBTQIA+. A presença de Gaga no Brasil mobilizou admiradores de todas as partes do país, mas poucos vieram de tão longe quanto Marina.
“A arte tem esse poder de nos mover, literalmente. Ver a Lady Gaga ao vivo não será só sobre a música, foi sobre reconhecer que somos muitos, diversos, e que tudo bem ser quem a gente é. Foi um show, sim, mas também uma celebração de humanidade.”
De volta a Boa Vista nos próximos dias, Marina retorna com lembranças para além das canções: a certeza de que, às vezes, vale atravessar o país — ou o próprio coração — para viver o que nos toca de verdade.

Amizades que encontrou pela jornada (Foto Divulgação)
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