Cotidiano

Danton Mello relembra acidente de helicóptero no Monte Roraima

O acidente completa 22 anos nessa segunda-feira dia 14 de setembro

Em um ano atípico e estranho, que muita gente já considera como “perdido”, Danton Mello tem alguns motivos para comemorar. Em 2020, ele completou 22 anos, após ter sobrevivido o acidente que sofreu de helicóptero, sobrevoando o Monte Roraima para o “Globo ecologia”. Em entrevista, o ator relembrou os momentos de medo e angústia que passou após o resgate de 30 horas.

“Eu lembro sempre que naquele dia eu estava no alto da montanha, passando por uma situação muito grave. Mas fui forte e, felizmente, resisti. Se eu tivesse ido embora naquele momento, teria vivido uma vida intensa, porque fiz muita coisa. Mas que bom poder ainda estar aqui e fazer mais. Espero ficar vivo muitos anos ainda, ver minhas filhas conquistando coisas, contar histórias. O 14 de setembro é um segundo aniversário que eu comemoro. Não foi uma batidinha de carro. Foi uma queda de helicóptero! Trinta horas até o resgate, a cirurgia por que eu passei lá no Hospital Geral de Roraima… Fui salvo num procedimento delicado” contou.

O ator contou que não criou traumas e medo de voar. E que pretende retornar ao Monte Roraima (Foto: Divulgação)

“Engraçado… Eu adoro voar! Não tenho medo de avião, não fiquei com trauma nenhum. Treze anos depois, numa viagem que fiz a Ushuaia (Argentina), em 2011, estava esquiando e percebi que tinha um fotógrafo num helicóptero me acompanhando. E eu pedi pra voar junto. Era um lugar inóspito, como aquele lá em Roraima, e eu precisava enfrentar isso. Só sei que eu entrei no helicóptero, mas não me lembro de nada do voo. O piloto me perguntou se eu estava “ok” e decolou. Não sei se durou cinco minutos ou meia hora, mas no trajeto eu botei tudo para fora. Chorei, chorei, chorei. Quando pousei, estava leve. Foi terapêutico. Eu tinha medo, mas num impulso eu quis ir. E foi incrível! Quando completou 20 anos do acidente, eu conversei com o repórter Fernando Parracho, que também se feriu naquela ocasião, sobre a gente montar uma expedição e voltar a Roraima. Mas caminhando, por uma trilha pela Venezuela, durante três dias. De helicóptero não mais! Só que apareceu um trabalho atrás do outro, eu fui emendando, e não deu certo a ideia da viagem. Mas espero ainda fazer essa nova visita”

Fonte: Jornal Extra