O curso de Empreendedorismo Para a Frente foi lançado em Boa Vista com o foco em incentivar a inovação e fortalecer a autonomia econômica de migrantes, indígenas e brasileiros. A iniciativa gratuita ocorreu na tarde desta quarta-feira (24), no Centro de Capacitação e Educação (CCE), em parceria com o Centro Cultural e de Formação Indígena (CCFI), a Fundação Dom Cabral e a Operação Acolhida.
A primeira turma contará com 30 vagas distribuídas entre os dois centros. O programa prevê seis encontros presenciais, acesso a uma plataforma digital, certificado de conclusão e uma feira prática marcada para 8 de novembro, quando os alunos irão apresentar seus projetos, concorrer a capital semente e transformar ideias em negócios reais.
De acordo com a coordenadora da Missão Roraima da Fraternidade – Missões Humanitárias Internacionais, Maria Jesusalem, a chegada do programa representa a abertura de novas oportunidades para diferentes públicos. Ela destacou que a Fundação Dom Cabral, considerada uma das dez melhores do mundo em finanças, trouxe para o estado ferramentas de alto nível para apoiar futuros empreendedores.
“Esses cursos serão ofertados ao longo de um ano, sempre de forma gratuita, e abrem caminho para que os participantes possam realizar seus projetos e sonhos”, afirmou.
Para a educadora social Jacqueline Rodriguez, o curso vai além da teoria, com foco também no preparo emocional. “Eles vão aprender precificação, organização financeira, ferramentas digitais e, principalmente, a lidar com os desafios emocionais do empreendedorismo”, explicou.
O analista de negócios da Fundação Dom Cabral, Éber Arã, destacou que a feira de exposição será um momento chave da formação.“Queremos apoiar pessoas que desejam empreender, oferecendo ferramentas e um espaço prático que estimule a economia local”, disse.
O subcomandante da Força-Tarefa Logística Humanitária, coronel Marcello Venicius Mota Linhares, lembrou que a qualificação é parte do trabalho contínuo da Operação Acolhida. “Já atendemos cerca de 200 mil pessoas e interiorizamos mais de 152 mil. A qualificação é essencial para que os migrantes sigam de forma autônoma e construam uma vida digna”, ressaltou.
A primeira turma já está completa, mas novas edições estão previstas para 2026. Interessados podem procurar o CCE e o CCFI para integrar a lista de espera