Cotidiano

Criadores de equinos cobram reativação de laboratório de exames

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Os criadores de equinos do Estado continuam cobrando da Agência de Defesa Agropecuária (Aderr) a reativação do laboratório de exames para identificação do Mormo e Anemia Infecciosa Equina (AIE). Conforme os pecuaristas, o custo para realizar exames em outros estados é muito alto, o que afeta desde os pequenos aos grandes criadores.

Os exames que diagnosticam a AIE e o Morno são uma exigência da Aderr e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para todos os animais que são transportados para um evento ou até mesmo de uma fazenda para outra. O animal só pode entrar no recinto de exposições ou participar de corridas, por exemplo, se o pecuarista realizar o exame.

A moradora do município de Rorainópolis, região Sul de Roraima, Fabiana da Costa Silveira, disse que muitas pessoas não têm condições financeiras para realizar o exame fora do Estado. “Muitos agricultores trabalham de sol a sol para sustentar a família e não têm condições para fazer o exame fora daqui, que custa R$ 150 por animal”, afirmou.

Todos os anos, durante o sábado do dia das mães, celebrado em maio, os pecuaristas de Rorainópolis realizam uma cavalgada em homenagem a data. “É uma tradição que reúne centenas de tropeiros, o problema é que nos últimos anos as pessoas estão recuando devido ao alto custo para realizar o exame. É lamentável. O Estado precisa de um laboratório urgentemente”, acrescentou Fabiana.

Outro problema enfrentado pelos criadores de cavalos é em relação ao tempo estimado para receber o resultado do exame. “A partir do momento que o material é enviado, leva até vinte dias para chegar nas mãos do proprietário. Como o exame tem validade de 60 dias significa que ele [produtor] tem apenas quarenta dias para usá-lo”, comentou.

Conforme o diretor de Defesa Animal da Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (ADERR), Haroldo Trajano, o Brasil vive um surto do mormo, uma doença dos equinos e de alguns felinos que produz nos cavalos rinite e grande secreção de muco, além de dilatação e endurecimento das glândulas da mandíbula inferior, podendo eventualmente ser transmitida ao homem. “É uma doença perigosa para o ser humano. Por isso, o exame do animal é exigido para participar de qualquer evento, mesmo que seja uma simples brincadeira, pois o risco sanitário é o mesmo”, afirmou.

Em relação ao laboratório para a realização dos exames, Haroldo Trajano ressaltou que o órgão foi descredenciado em 2010 devido ao rigor do Ministério da Agricultura. “Estamos nos adequando às exigências do Mapa. Além disso, precisamos de cerca de R$ 500 mil para cumprirmos com as recomendações. O projeto já foi encaminhado para aprovação e estamos aguardando respostas”, explicou.

As normas sanitárias exigidas pela Aderr visam salvaguardar a saúde pública e a economia do Estado. “A transmissão da doença ocorre quando os animais se reúnem. Por isso, não podemos abrir exceções para eventos. A população precisa entender estas questões”, concluiu Trajano. (B.B)

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