Cotidiano

Cooperativa recebe doação de máquinas de costura

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A Cooperativa de Empreendimentos Solidários de Boa Vista (Coofecs) recebeu na manhã de ontem, 9, a doação de equipamentos referentes ao projeto Dignidade, Respeito e Vida, aprovado no ano passado pelo Programa de Ajuda Direta (Dap) da Embaixada da Austrália, em Brasília. Ao todo, foram entregues 25 máquinas de costura e bordado e dez ventiladores.

Um dos criadores do projeto, Samuel Carlos Santana, disse que inicialmente o projeto foi dirigido a indígenas venezuelanas da etnia Warao. O objetivo é treinar e capacitar as imigrantes, para que possam ingressar no mercado de trabalho e, assim, garantir um novo começo.

Como parte da programação, logo após a entrega dos equipamentos a Coofecs realizou o cadastramento das mulheres interessadas em participar do curso. De acordo com a tesoureira e administradora dos cursos, Maria dos Santos, o próximo passo é se reunir com as candidatas para uma espécie de seleção, a fim de debater possíveis horários e dias para a realização das aulas.

A ideia é realizar a capacitação duas vezes por semana, pela manhã e à tarde, tendo em vista que as costureiras da Coofecs não podem ficar sem trabalhar muito tempo para não comprometer a renda. Com a chegada dos equipamentos, as turmas, que antes atendiam oito alunos, podem passar a atender 15. “A gente ajuda como pode, porque não temos muito espaço. A gente faz porque sabe que essas mulheres precisam trabalhar”, informou Maria.

Para o ano que vem, a ideia é ampliar o projeto para outras áreas, como pintura e artesanato. Segundo Santana, está previsto que a comissão da embaixada venha a Roraima para conhecer a Coofecs e acompanhar o andamento do projeto. “Queremos que eles vejam a situação do Estado e a necessidade de capacitação. Além de comida e rede, eles precisam estar inseridos no mercado de trabalho para garantir uma autonomia financeira”, contou.

Diante do fenômeno de imigração no Estado, Santana reforçou que Roraima pode e pertence a todos. “Costumo dizer que não sei quantos anos atrás, um africano veio para o Brasil. E só porque ele veio, eu estou aqui. Seja por refúgio ou escravidão. A força do Brasil é essa miscigenação, uma super força genética. Não temos que fechar fronteira para ninguém, desde que possamos disponibilizar capacitação”, finalizou. (A.G.G)

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