Cotidiano

Consumir bebidas alcoólicas nos fins de semana pode ser alcoolismo?

Hoje, 18 de fevereiro, é o Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo 

Hoje, 18 de fevereiro, é o Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo. A data é destinada a sensibilizar sobre danos e doenças que o consumo excessivo de bebidas alcoólicas pode causar, tanto em homens quanto em mulheres.  

O consumo de bebidas nos fins de semana, leva muita gente a crer que não é dependente do álcool, mas o hábito também pode causar danos à saúde, alertou o psiquiatra Cláudio Fernando Costa. 

“Nesse caso, não se caracteriza uma dependência alcoólica, porém, o uso nocivo de bebida alcoólica gera um impacto na qualidade de vida das pessoas. O nível de racionalização é rebaixado por influência da bebida, e isso acaba gerando brigas, discussões e acidentes. A pessoa mais desinibida e tende a aflorar mais o lado inconsequente.” 

Segundo o psiquiatra, alguns dos fatores que podem desencadear a dependência alcoólica, é predisposição genética, a tendência no histórico familiar pode causar uma vulnerabilidade maior na pessoa, também fala sobre as condições culturais como associar o álcool à diversão, e um lazer acessível. E cita outro fator importante, o início precoce do uso, quanto antes se inicia, maior a tendência de se envolver. 

É importante ressaltar que em relação ao uso, mulheres tem o efeito apurado devido à fatores fisiológicos, de acordo com Cláudio, “O corpo da mulher produz menos gordura para reter o álcool e menos enzima álcool desidrogenase (ADH) para metabolizar o álcool, o que faz com que uma menor quantidade de bebida leva mulheres à efeitos maiores” 

Ele informa que as consequências do alcoolismo a longo prazo impactam na saúde física e psíquica e, na maioria das vezes, causam prejuízos graves em todos os âmbitos da vida – laboral, familiar ou social. 


Segundo o psiquiatra, o tratamento para o alcoolismo geralmente é feito com acompanhamento médico e terapêutico para cada fase do paciente (Foto: Arquivo Pessoal)

Tratamento 

Segundo o psiquiatra, o tratamento para o alcoolismo geralmente é feito com acompanhamento médico e terapêutico para cada fase do paciente. 

 “O tratamento precisa ser individualizado, cada paciente tem uma forma de ter uma melhor resposta, no tratamento público, é oferecido abordagens de diversos profissionais que tendem a ter uma melhor resolução, incluindo a participação de familiares, e também clínicas de reabilitação, mas é de suma importância a disposição pessoal do indivíduo para o acompanhamento psicoterapêutico”, explicou. 

Alcoólicos Anônimos (AA) 

O grupo de ajuda mútua é referência no apoio ao alcoólatra que quer parar de beber. A entidade não está ligada a nenhuma religião, movimento ou organização política. A participação é gratuita e um dos grandes princípios é o sigilo. 

Em Roraima, uma das sedes é localizada na Rua Floriano Peixoto, 402, no Centro. Para mais informações, o telefone para contato é (95) 3623-5030.