Cotidiano

Consumidor deve continuar atento

Em 2017, a inflação fechou em 2,95%, resultado 3,34 menor que os 6,29% de 2016, sendo o melhor resultado desde 1998 (1,65%)

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Apesar da pesquisa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) não ser feita em Roraima, os números locais acompanham os dados do país. Em 2017, a inflação brasileira fechou em 2,95%, resultado 3,34% menor que os 6,29% de 2016. 

Em entrevista à Folha, o economista Fábio Martinez informou que, levando em conta a pesquisa em outras unidades da federação, Roraima fechou o ano de 2017 com índices no mesmo patamar nacional. Para ele, as perspectivas mostram a retomada do crescimento em 2018, devido ao controle da inflação. Mesmo assim, os consumidores devem continuar atentos evitando o descontrole do orçamento doméstico.

Conforme o IBGE, o resultado se deu pela queda no preço dos alimentos, que ficaram 1,87% mais baratos que no ano anterior. Três outros segmentos contribuíram para a queda da inflação: habitação (6,26%), saúde e cuidados pessoais (6,52%) e transportes (4,1%).

Parecendo contraditório às expectativas, o ano de 2017 teve aumentos significativos, taxados como vilões do orçamento doméstico. Entre eles: gás de cozinha, energia elétrica e os combustíveis.

De acordo com o economista, apesar do aumento de itens que abalam a renda, o IPCA leva em conta o “peso” dos alimentos, por serem determinantes ao consumo do orçamento familiar.

“Os maiores gastos da população são com alimento e isso acabou reduzindo o IPCA. Se tirassem esse item, o aumento seria de quase 4%. Ou seja, o peso dos alimentos foi determinante na redução do índice inflacionário”, explicou.

Questionado se o menor índice de inflação dos últimos vinte anos alivia o bolso do consumidor, o economista disse que depende do ponto de vista.

“Se ganho um salário mínimo e 70% deles são pra alimentos, adocei minha vida porque os preços caíram. Se ganho dois salários, sendo 30% para alimentos e 70% pros combustíveis, não houve ‘alívio’, porque esses aumentaram muito. Vai muito do perfil de cada família, quanto àquilo que mais é gasto por elas”, comentou.

ORIENTAÇÃO – “Não é porque a inflação foi mais baixa que em 2016 que não tivemos inflação. Tivemos sim! Por isso é sempre bom fazer pesquisas de preço, dar prioridade para pagamentos à vista, tentar organizar as finanças, fazer um planejamento, anotar as despesas pra saber em que se está gastando a mais e tentar poupar parte da renda”, reforçou.

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