
Roraima ocupa o primeiro lugar no ranking nacional de crescimento do estoque de empregos na construção civil em 2025. Dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados pelo Ministério do Trabalho e sistematizados pela Secretaria de Planejamento e Orçamento (Seplan), apontam que o Estado teve alta de 13,81% entre janeiro e abril — bem acima da média nacional, que ficou em 4,73%.
Ao todo, 919 novas vagas com carteira assinada foram criadas no setor no período. O governador Antonio Denarium atribuiu o desempenho aos investimentos contínuos em obras públicas. “Temos investido fortemente em infraestrutura: estradas, escolas, unidades de saúde, habitação e outras frentes de trabalho”, afirmou. Segundo ele, essas obras são o motor da economia local e têm gerado renda em todo o estado.
Só no mês de abril, foram criados 669 novos postos de trabalho formais em Roraima, resultado de 4.225 admissões e 3.556 desligamentos. Com isso, o estoque de empregos formais alcançou 84.634 trabalhadores, com variação de 2,49% no ano — a terceira maior da Região Norte e a oitava do país.
Crescimento do estoque de empregos da Construção Civil em 2025
| UF | Crescimento (%) |
|---|---|
| Roraima | 13,81% |
| Mato Grosso | 13,34% |
| Mato Grosso do Sul | 9,94% |
| Goiás | 8,68% |
| Tocantins | 8,45% |
| Santa Catarina | 8,43% |
| Piauí | 6,93% |
| Rio Grande do Norte | 6,04% |
| Pernambuco | 5,69% |
| Alagoas | 5,20% |
| Sergipe | 5,09% |
| Paraná | 5,05% |
| Minas Gerais | 4,98% |
| São Paulo | 4,76% |
| Brasil | 4,73% |
| Ceará | 4,53% |
| Bahia | 4,31% |
| Paraíba | 3,90% |
| Amazonas | 3,46% |
| Rondônia | 3,00% |
| Espírito Santo | 2,92% |
| Rio de Janeiro | 2,68% |
| Rio Grande do Sul | 2,52% |
| Distrito Federal | 2,20% |
| Amapá | 1,44% |
| Maranhão | 1,27% |
| Pará | 0,33% |
| Acre | -3,38% |
Fonte: Novo Caged, Ministério do Trabalho e Emprego
*Valores acumulados de janeiro a abril de 2025
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Para o secretário da Seplan, Rafael Fraia, o bom desempenho do setor da construção civil mostra a resiliência do estado mesmo. “Além da construção civil, o setor de serviços também tem dado sinais de recuperação. Em abril, foram criadas 328 vagas, e no acumulado do ano, já são 644 novos postos formais”, disse.
A coordenadora da CGEES (Coordenação-Geral de Estudos Econômicos e Sociais), Jádila Andressa, destacou que os dados do Novo Caged são essenciais para decisões estratégicas. “Esses números ajudam o governo a entender quais setores estão mais dinâmicos e a investir de forma mais eficiente em qualificação profissional e políticas públicas”, explicou.