O trabalho do principal órgão do sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente, o Conselho Tutelar do território 2 de Boa Vista, localizado no bairro Caimbé, responsável por atender casos de vários bairros, está prejudicado por conta da falta de combustível no único carro do órgão.
A denúncia chegou a Folha através de conselheiros tutelares.
De acordo com o Conselheiro Tutelar Franco Rocha só ele atende uma média de 900 casos por mês. Só em um dia, dois atendimentos graves deixaram de ser feitos pela falta de transporte.
A unidade tem um veículo e cinco conselheiros. O abastecimento ocorre uma vez por mês, num valor de R$ 2000, mas este mês a quantidade não supriu a demanda e o fornecimento negado.
“O carro tem que estar pronto para na hora da ocorrência a gente poder sair imediatamente. São ocorrências que exigem certa celeridade, o carro não deve ter limite de combustível à prefeita tem o deve de manter o serviço é a proteção a criança e o adolescente”, disse o conselheiro tutelar Franco Rocha.
Ainda segundo o Conselheiro Tutelar Franco Rocha, documentos importantes deixarão de ser entregues a órgãos, notificações de envolvidos em denúncia, além de dois atendimentos graves não foram realizados, um a criança que foi espancada e ferida pela madrasta com um facão no bairro Asa Branca e outro de duas crianças também brutalmente espancadas pela mãe no nova cidade .
“Isso é muito grave como deve esta essa criança agredida com facão pela madrasta, onde ela esta? Recebeu atendimento médico? Quem garante o bem esta dela!”, questionou o conselheiro.
PREFEITURA- A Secretaria Municipal de Gestão Social informa que atualmente o município possui três unidades de conselhos tutelares, uma no centro, uma no Caimbé e outra no bairro Pintolândia.
Os veículos que atendem os conselhos, assim como todos os outros carros do município, trabalham com uma cota de combustível prevista para o mês inteiro. Porém a secretaria tem registrado que o conselho do bairro Caimbé é o único que sofre com falta de combustível na capital.
Por isso, a secretaria investiga a situação, uma vez que o cálculo é feito com sobra para que o combustível seja suficiente até do dia 1º de cada mês e, somente nessa data, os carros são autorizados para novos abastecimentos. (E.S.)